Renan diz que Temer liderou facção e que reforma trabalhista é maldade
Portal Vermelho - 11 de julho de 2017 - 21h04
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta terça-feira (11) durante votação da proposta de reforma trabalhista no Senado que o projeto será “marcado pela selvageria e perversidade contra os mais pobres”. De acordo com Renan, o Senado se omite em um momento em que o presidente da República “responde a delações em série do grupo e facção a que pertenceu e liderou”. Para ele, “a Casa não pode permitir que esta conta vá para o trabalhador”.
Para o parlamentar, o Senado não pode fazer de conta que não está percebendo essa degradação do governo de Michel Temer.
“É preciso salvaguardar para que esta casa volte a dizer que vamos fazer as reformas mas não para revogar direitos dos trabalhadores duramente conquistados ao longo dos anos”, defendeu.
Renan iniciou o discurso declarando que esta terça-feira seria um dia muito triste para o Senado Federal. Na opinião dele, o Senado “durante muito tempo conhecido como a Casa que faz o que o povo quer se submete a fazer o desmonte do estado social”.
“Do dia para a noite essa reforma trabalhista representa um pouco do sadismo que vivemos na sociedade brasileira. A proposta foi mandada para o Congresso com 7 pontos, na Câmara passou a 117 pontos (de alteração da Consolidação das Leis do Trabalho) numa carga de maldade que sufoca e penaliza os trabalhadores, sobretudo, os mais desvalidos”, relembrou o senador.
Entre as maldades da reforma trabalhista, Renan citou o fim da proibição do trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres, o trabalho intermitente, quando o trabalhador fica à disposição do empregador, e o acordado sobre o legislado.
Renan defendeu que deveria haver um piso ou um teto para que não fossem atropelados os direitos adquiridos dos trabalhadores. “Não entendo como uma reforma desta magnitude que vai sacrificar o povo e aumentar a desigualdade sem que o Senado possa aprovar uma emenda sequer”, criticou.
Nas Comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça as emendas foram rejeitadas pelo relatores e defendida a aprovação no Senado do projeto tal qual veio da Câmara. Alterar o projeto significaria fazê-lo retornar para a Câmara. O que não interessa ao governo Temer.
O senador pemedebista afirmou que todo pais do mundo que implementou o acordado sobre o legislado usou regras e critério.
“Na França não está havendo o desmonte do movimento sindical. Está havendo uma reforma mas a representação sindical está se fortalecendo nas comissões de fábrica. Aqui, a representação sindical está proibida no justo momento em que o acordo se impõe sobre o legislado”.
Renan lamentou o caminho sinalizado pelo Senado em apoio à reforma trabalhista. “Há pouco conversávamos numa roda e ouvia do senador Otto Alencar (PSD-BA) que muitas vezes a virtude está na minoria. Nesta tarde/noite, sem dúvida, a virtude está na minoria”.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou nesta terça-feira (11) durante votação da proposta de reforma trabalhista no Senado que o projeto será “marcado pela selvageria e perversidade contra os mais pobres”. De acordo com Renan, o Senado se omite em um momento em que o presidente da República “responde a delações em série do grupo e facção a que pertenceu e liderou”. Para ele, “a Casa não pode permitir que esta conta vá para o trabalhador”.
Por Railídia Carvalho
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Renan Calheiros
Renan enfatizou, se referindo ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), que este governo “está no fim”. Comparou “a um morto sangrando sendo fatiado pelo açougueiro”.Para o parlamentar, o Senado não pode fazer de conta que não está percebendo essa degradação do governo de Michel Temer.
“É preciso salvaguardar para que esta casa volte a dizer que vamos fazer as reformas mas não para revogar direitos dos trabalhadores duramente conquistados ao longo dos anos”, defendeu.
Renan iniciou o discurso declarando que esta terça-feira seria um dia muito triste para o Senado Federal. Na opinião dele, o Senado “durante muito tempo conhecido como a Casa que faz o que o povo quer se submete a fazer o desmonte do estado social”.
“Do dia para a noite essa reforma trabalhista representa um pouco do sadismo que vivemos na sociedade brasileira. A proposta foi mandada para o Congresso com 7 pontos, na Câmara passou a 117 pontos (de alteração da Consolidação das Leis do Trabalho) numa carga de maldade que sufoca e penaliza os trabalhadores, sobretudo, os mais desvalidos”, relembrou o senador.
Entre as maldades da reforma trabalhista, Renan citou o fim da proibição do trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres, o trabalho intermitente, quando o trabalhador fica à disposição do empregador, e o acordado sobre o legislado.
Renan defendeu que deveria haver um piso ou um teto para que não fossem atropelados os direitos adquiridos dos trabalhadores. “Não entendo como uma reforma desta magnitude que vai sacrificar o povo e aumentar a desigualdade sem que o Senado possa aprovar uma emenda sequer”, criticou.
Nas Comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça as emendas foram rejeitadas pelo relatores e defendida a aprovação no Senado do projeto tal qual veio da Câmara. Alterar o projeto significaria fazê-lo retornar para a Câmara. O que não interessa ao governo Temer.
O senador pemedebista afirmou que todo pais do mundo que implementou o acordado sobre o legislado usou regras e critério.
“Na França não está havendo o desmonte do movimento sindical. Está havendo uma reforma mas a representação sindical está se fortalecendo nas comissões de fábrica. Aqui, a representação sindical está proibida no justo momento em que o acordo se impõe sobre o legislado”.
Renan lamentou o caminho sinalizado pelo Senado em apoio à reforma trabalhista. “Há pouco conversávamos numa roda e ouvia do senador Otto Alencar (PSD-BA) que muitas vezes a virtude está na minoria. Nesta tarde/noite, sem dúvida, a virtude está na minoria”.
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