Os cachês de Henrique Meirelles foram lobby na veia. Por Luis Nassif
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Apenas para efeito de avaliação: a não ser consultorias geopolíticas de altíssimo nível, como as de Henry Kissinger, não existe consultoria para negócios no Brasil, pelo menos nas áreas de especialização de Henrique Meirelles, que justifique os ganhos obtidos nos últimos anos.
Meirelles nunca foi um consultor estrategista. Muito menos um executivo que se destacasse. No seu tempo no Bank Boston o máximo que chegou foi a Global President, ou seja, diretor da área internacional do banco, representado apenas por ativos no Brasil e na Argentina.
Nunca foi um formulador de grandes engenharias societárias, nem um prospectados de novos negócios, como um André Esteves, por exemplo.
O bem de valor que poderia oferecer, para ter direito aos ganhos que acumulou, era lobby na veia. Não apenas a mera indicação sobre o caminho das pedras, mas o acesso direto às várias áreas sensíveis da economia.
Some-se o fato de que sempre foi um Ministeriável, o homem do mercado junto aos diversos governos, de Lula a Temer. O que lhe garantia uma fidelização maior dos técnicos do governo.
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