Sete pessoas do bonde anticorrupção do Aécio são investigadas por corrupção; veja Paulinho da Força cantando na noite do impeachment

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O homem que fez mais que ninguém para levar o Brasil ao fundo do poço, o presidente afastado do PSDB, Aécio Neves, parece ter tido o dom de “contaminar” todo o ninho dos que promoveram o impeachment — sem provas de crime de responsabilidade — de Dilma Rousseff.
Da primeira fila do bonde de Aécio, que levou tucanos a uma manifestação contra a corrupção na avenida Paulista, em março de 2016, todos estão sob investigação por corrupção em inquéritos relacionados à Lava Jato: o próprio Aécio, o governador paulista Geraldo Alckmin e o “revolucionário” e hoje chanceler Aloysio Nunes.

Nos fundos da van estava Antonio Imbassahy, delatado por um ex-diretor da Odebrecht: a empreiteira teria dado R$ 300 mil ao então deputado federal em troca de favores.
Mesmo depois da denúncia, a carreira de Imbassahy seguiu normalmente: ele se tornou ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, em substituição a outro suspeito, Geddel Vieira Lima.
Especula-se que Geddel será o próximo peixe grande a ser fisgado pela Lava Jato.
Também nos fundos da van podemos ver, na fotografia acima (lado superior esquerdo), o deputado Carlos Sampaio, ex-líder do PSDB na Câmara, que está sendo investigado pela suspeita de ter atuado para dificultar as investigações da CPI dos Correios.
Sampaio teria ajudado a obstruir a entrega de documentos do Banco Rural que poderiam comprometer Aécio Neves ou aliados na apuração, segundo a delação do ex-senador tucano-petista Delcídio do Amaral.
Hoje, a lista de investigados que acompanhavam Aécio na van recebeu duas novas adesões.
A bordo estava o hoje vice-prefeito de São Paulo, deputado Bruno Covas, que segundo denúncia da rádio CBN orientou a Ambev e sua parceira Dream Factory para que ganhassem disputa com uma concorrente (Heineken/SRCOM) para prestar serviços durante o Carnaval paulistano deste ano.
Segundo a CBN, a comissão avaliadora considerou melhor a proposta da Heineken, mas instâncias superiores do governo Doria teriam tratorado a decisão, passando à Ambev instruções sobre como proceder para conquistar o contrato.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público. A Prefeitura negou irregularidades.
O sétimo investigado que estava no bonde do Aécio é o deputado federal Paulinho da Força, que hoje teve os direitos políticos suspensos pela Justiça federal. Acusação? Improbidade administrativa. Cabe recurso.
Paulinho militou fortemente pelo impeachment ao lado do hoje presidiário Eduardo Cunha e só se voltou contra o golpe de Michel Temer quando foi tragado pelas reformas que ajudou a deflagrar.
Um dos momentos mais constrangedores da votação do impeachment foi a paródia de Pra Não Dizer que Não Falei das Flores (ver abaixo), cantada por Paulinho da Força no púlpito da Câmara:
Justiça decide por suspender direitos políticos do deputado Paulinho da Força
Quando presidente da Força Sindical, parlamentar do Solidariedade contratou fundação sem licitação
Brasília – O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (SD-SP), teve os direitos políticos suspensos pela Justiça, por improbidade na utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), quando era presidente da Força Sindical, Paulinho contratou a Fundação João Donini sem licitação para dar cursos profissionalizantes a desempregados e pessoas de baixa renda utilizando recursos do FAT.
Além da suspensão dos direitos políticos pelo prazo mínimo de cinco anos, Paulinho da Força Sindical e outros réus, incluindo o responsável pela fundação, João Francisco Donini, foram condenados ao pagamento de multa.
Segundo o MPF, a Justiça apontou a inidoneidade da Fundação João Donini e registrou inconsistências repetidas nos cadastros de alunos, com duplicidade de CPFs.
Para o MPF, as provas revelam o prejuízo causado à efetiva e eficaz prestação de serviço público com dinheiro público por instituição “absolutamente desqualificada” para tanto.
De acordo com a denúncia, entre 1999 e 2000, a Força Sindical firmou três convênios com o Ministério do Trabalho para qualificação e requalificação profissional de trabalhadores desempregados ou sob risco de desemprego e também para micro e pequenos empreendedores e autônomos.
Em uma das parcerias, a Força teria contratado a Fundação Domini por R$ 215 milhões para ministrar esses cursos.
O parlamentar ainda não se pronunciou sobre o caso.
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