Sucessão na PGR prenuncia guerra total ‘Janot x Temer’. Por André Barrocal

por André Barrocal — na Carta Capital - publicado 22/05/2017
Temer não pode escolher seu investigador, é outro motivo para tirá-lo do cargo, diz ‘ex-xerife’ Claudio Fonteles
Marcelo Camargo/ABr e Marcos Corrêa/PR
Rodrigo Janot e Michel Temer
O mandato de Janot termina em setembro. Caberá a Temer, se resistir, nomear o seu sucessor
troca de comando na Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro deverá fazer da guerra aberta contra Michel Temer pelo atual “xerife” um combate do tipo “matar ou morrer”. Se Rodrigo Janot nocautear o presidente ou ao menos deixá-lo grogue no ringue, poderá salvar a tradição recente de sua corporação escolher, ela mesma, seu líder. Mais: talvez consiga manter seu grupo no poder em uma PGR dividida entre fanáticos da Operação Lava Jato e alas sem tanto apego ao caso.
O desejo de ver Temer fora do cargo foi explicitado por um dos homens fortes de Janot e da Lava Jato, o secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria, Vladimir Aras. Logo após vir a público a notícia da explosiva delação da JBS contra o presidente, Aras comentou no Twitter: “Diante de uma denúncia tão grave, a solução adequada em qualquer lugar do mundo seria a renúncia”.

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