Pesquisa denuncia os números alarmantes da violência no campo

Portal Vermelho - 26 de maio de 2017

 
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Para a Pastoral, o avanço da criminalização dos movimentos sociais irá aumentar o número de conflitos e mortes este ano, podendo superar as estatísticas de 2016. O estudo também aponta como fatores do avanço da violência a atuação desproporcional das polícias e da aprovação de medidas que agravam os processos de concentração e privatização das terras brasileiras.

Em 2016 foram registrados 61 assassinatos em conflitos no campo. Isso equivale a uma média de cinco assassinatos por mês. Destes 61 assassinatos, 13 foram de indígenas, 4 de quilombolas, 6 de mulheres, 16 foram de jovens de 15 a 29 anos, sendo 1 adolescente. Nos últimos 25 anos o número de assassinatos só foi maior em 2003, quando foram registrados 73 assassinatos.

De 2015 para 2016, todas as formas de violência apresentaram crescimento:



O estado de Roraima tem o maior número de assassinatos do campo (21 dos 61) e também foi o que mais prendeu. Além disso, foi o segundo estado com o maior número de agredidos (141 de um total de 571), o segundo estado com mais ameaças de morte (40 de 200) e, junto com o Mato Grosso do Sul, foi o terceiro estado com mais tentativas de assassinato (10).

A Amazônia Legal, que compreende toda a região Norte mais partes do Maranhão e Mato Grosso, concentrou, em 2016, 79% dos “assassinatos”: 48 dos 61 registrados; 68% das “tentativas de assassinato”, 50 das 74; 391 das 571 “agressões físicas”, e 171 das 200 “ameaças de morte”, 86%. 192 das 228 pessoas presas.


Acesse o estudo completo aqui
 

 Fonte: CTB

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