João Sicsú: Três correntes políticas, dois projetos

por João Sicsú —na Carta Capital -  publicado 21/05/2017 
O partido dos fisiológicos e patrimonialistas é acéfalo, não tem projeto próprio, aderiu implacavelmente ao projeto do partido da Globo
José Cruz/ABr | Antonio Cruz/ABr | Marcos Corrêa/PR
Meirelles, Cármen Lúcia e Temer
As marionetes ressurgirão quando úteis ao partido da Globo. Mas não deixarão de ser marionetes
Nos últimos anos se conformaram três correntes políticas no Brasil, que fazem articulações, propaganda, agitação e tentam formar bases sociais. Mas só há dois projetos. Primeiro, existe o partido da Globo e dos maiores bancos privados com parte do Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal. Segundo, o partido integrado pelos políticos fisiológicos e patrimonialistas filiados ao PMDB, PSDB, DEM e a outros penduricalhos menores. E, por último, há a corrente dos partidos políticos de esquerda, centrais sindicais e movimentos sociais.
Embora tenhamos três correntes, temos apenas dois projetos. O partido dirigido pela Globo defende os interesses das multinacionais, dos banqueiros e dos rentistas. A frente de esquerda, sindical e de movimentos sociais defende um projeto de crescimento econômico, com geração de empregos, distribuição de renda e inclusão social. Tal projeto é nítido quando está na oposição e impreciso quando é governo. O partido dos políticos fisiológicos e patrimonialistas é acéfalo, não tem projeto próprio, aderiu implacavelmente ao projeto do partido da Globo.

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