Venezuela segue digna e independente, apesar de Almagro e a OEA

 Luis Almagro
Caracas, 1 abr (Prensa Latina) O secretário geral da OEA, Luis Almagro, nesta semana quis pôr em xeque a Venezuela e fracassou em sua tentativa de impulsionar o aplicativo da Carta Democrática Interamericana contra o governo bolivariano.

De nada valeram-lhe suas campanhas difamatórias, seus vínculos com os grupos mais reacionários da oposição de direita venezuelana, nem sequer o aberto conchavo atingido com o chanceler do México, que seguindo palavra por palavra o guia escrito no Departamento de Estado de Estados Unidos, procuravam desestabilizar a região.

Almagro transpassou os limites que lhe permite seu cargo à frente de uma organização internacional como a OEA, e se alinhou com os grupos de poder mais reacionários -dentro e fora de Venezuela- para tirar do jogo político um governo democraticamente eleito em 2013, sem calcular as nefastas consequências que isso poderia acarretar.

Todas as tentativas de que a discussão no Conselho Permanente da OEA levasse à condenação orquestrada por Almagro contra os supostos 'crimes antidemocráticos' do governo venezuelano, chocaram contra um muro de dignidade continental -não majoritário, mas influente- e só conseguiu que se aceitasse de forma unânime se apoiar um diálogo interno, algo que as mesmas autoridades de Caracas defendem faz tempo.

Além da voz de Venezuela, no plenário escutaram-se as vozes solidárias de várias nações latino-americanas e caribenhas, que seguem apostando pelo sonho de uma Pátria Grande.

Nicarágua acusou aos impulsores deste debate de impor uma sessão 'ilegal e ilícita', e assegurou que há uma 'campanha destrutiva sem precedentes' na contramão do governo venezuelano.

Por sua vez, o representante de El Salvador qualificou o relatório de Almagro ante a OEA de uma forma deferir a soberania da Venezuela, enquanto Jamaica apoiou o princípio de não interferência na soberania dos Estados.

Também não a República Dominicana esteve de acordo com a possibilidade de aplicar medidas na Venezuela, ao defender a tese que 'tentar solucionar os problemas de um país de fora, pode ser constituído de um erro que no futuro nos leve a pedir perdão'.

Bolívia fez questão de que tinha que construir a unidade e não seguir dividindo aos venezuelanos, e afirmou que 'nossos povos já não aceitam imposições, têm construído sua dignidade e sua soberania e a defenderão até com suas vidas'.

Para alguns setores reacionários da oposição de direita, a ausência de votação na OEA e a não implementação da Carta Democrática Interamericana contra as autoridades bolivarianas, resultaram um cubo de água fria em suas aspirações de fazer do poder por vias pouco convencionais.

A estas manobras, o povo venezuelano respondeu com uma contundente demonstração de apoio popular, que reuniu a milhares de caraquenhos em uma Marcha Antimperialista, para reafirmar sua vontade de defender a dignidade e soberania da nação, frente às pressões externas.

Mas cuidado, Luis Almagro e a mais feroz oposição de direita venezuelana, em conchavo com seus novos sócios latino-americanos, não se deram por vencidos. A Venezuela se manterá alerta enquanto os golpistas sigam conspirando.


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