Em reunião, conselheiro de Temer perguntou-lhe se está à vontade no cargo e se impeachment foi melhor caminho para chegar ao poder

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DCM

Do Poder360:
Arrefeceram o ânimo, o arrivismo e a pró-atividade dos principais conselheiros de Michel Temer. O desânimo já contaminou, também, o próprio Temer. Na última semana um deles mandou às favas quaisquer cerimônias e deixou aflorar os pruridos da consciência. Perguntou ao inquilino do Palácio do Jaburu se ele estava à vontade no cargo e se o caminho trilhado para chegar ao poder, via impeachment, havia sido mesmo a melhor opção para o grupo político que articulou a deposição de Dilma Rousseff.

Não se ouviu uma resposta direta na sala, e isso espantou o interlocutor de Temer. Ato contínuo, a conversa tergiversou para a necessidade de aprovação “das reformas” que tramitam no Congresso. A Trabalhista e a da Previdência. O conselheiro insistiu e quis saber se havia respostas para uma sequência de perguntas metralhadas mais ou menos assim: “Aprovar reformas para quê? Para quem? Essa agenda é nossa? E se ela for entregue agora, do jeito que a mídia quer, do jeito que o mercado quer, o que acontece?” Novo silêncio, nova mudança de rumo no papo.
As concessões feitas à base governista, cada vez mais esgarçada na Câmara e totalmente dispersa no Senado, reduziram o texto da reforma da previdência (que é tíbio e medroso ao não mexer em privilégios centrais de militares das Forças Armadas, do Poder Judiciário, de policiais civis e militares nos estados, entre outros) a 57% do impacto financeiro que inicialmente se imaginava. O cálculo é do núcleo de acompanhamento econômico do Banco Itaú. Dentro da equipe do Ministério da Fazenda, onde sorrisos plásticos mal disfarçam a impaciência com a lassidão das negociações políticas, o prognóstico é menos danoso –estima-se que o substitutivo do deputado Arthur Maia é ainda 70% da proposta original.
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