Contra possibilidade de privatização, funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

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 Jornal GGN - A partir das 22h desta quinta-feira (26), os trabalhadores dos Correios entram em greve por tempo indeterminado contra demissões e a possibilidade de privatização da empresa. Além disso, o fechamento de agências e o desmonte da empresa, com redução do lucro devido a repasses ao governo e patrocínios, também entre os motivos para a paralisação. 
De acordo com Suzy Cristiny, secretária de Imprensa da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), está em curso um plano de desmonte da estatal, que prejudica a qualidade e a universalização dos serviços. “Faz parte de um projeto privado com interesse de entrar no mercado”, afirma Cristiny.
A empresa diz que teve prejuízos de R$ 2,1 bilhões em 2015 e de R$ 2 bilhões no ano passado. Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, afirmou que é contra a privatização, mas disse que os Correios terão de realizar cortes para evitar este caminho, já que não haverá socorro financeiro por parte do governo.
No final de 2016, a estatal anunciou um plano de demissão voluntária, com expectativa de adesão de 6 mil a 8 mil funcionários, e também o fechamento de agências.
Entretanto, a Fentect diz que a receita tem aumentado e que a privatização vai por em risco o direito da população aos serviços dos Correios. “Mais de 200 agências estão sendo fechadas por todo o Brasil. Muitos moradores do interior e das periferias vão ficar sem o atendimento bancário e postal dos Correios”, disse a entidade. 
Em outro ponto, a Federação também critica os repasses da estatal dizendo que os Correios repassaram R$ 6 bilhões para o governo federal nos últimos anos, sendo que R$ 3,9 bilhões estavam acima do valor estabelecido. 
Tais repasses prejudicam “as reservas financeiras e investimentos necessários para a modernização da empresa”, afirma a Fentect, que também pede uma auditoria das contas da estatal. 
Os funcionários dos Correios pedem também melhores condições de trabalho, contratação de novos funcionários, mais segurança nas agências, o retorno da entrega diária e o fim da suspensão de férias. A Federação diz que os trabalhadores deverão aderir às mobilização desta sexta-feira (28) contra as reformas promovidas pelo governo Temer. 
Segundo a Agência Brasil, a estatal não se manifestou sobre as reivindicações dos funcionários, mas disse que uma paralisação dos empregados em um “momento delicado pelo qual passa a empresa” é um ato de irresponsabilidade.
Com informações da Agência Brasil

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