Vaza acordo da Odebrecht contra Andrés Sanchez (PT-SP)
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Um dos acordos de delação premiada entre os 77 executivos e ex-funcionários da Odebrecht vazou. O do ex-diretor-superintendente Luiz Bueno e do ex-presidente de Infraestrutura Benedito Júnior acusaram o suposto recebido de caixa dois pelo então candidato a deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), em 2014. Ele teria recebido R$ 2,5 milhões do grupo baiano.
O repasse teria sido feito em espécie por meio de André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, que é vice-presidente do Corinthians, e seu atual assessor parlamentar. Tanto André como Sanchez negam as irregularidades.
Alvo de condução coercitiva em março do último ano, em uma das etapas da Operação Lava Jato, Oliveira apareceu em uma das planilhas do setor de operações estruturadas da Odebrecht, apontado como o setor das propinas e dos repasses ilícitos.
Ele aparecia com as referências "Timão" e "Alface", juntamente com um endereço na zona leste de São Paulo, onde fica a residência de André. A eleição de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e responsável pela construção do estádio do time, ocorreu em outubro de 2014. Ainda naquele ano, um último repasse havia sido anotado na planilha: de R$ 500 mil, no dia 23 de outubro daquele ano.
A construção da arena do Corinthians, que ficou pronta em 2014, teve início no último ano do mandato de Sanchez no clube, em 2011. A Odebrecht foi a empresa responsável pelas obras. Os delatores Benedito Júnior e Luiz Bueno eram responsáveis pelas obras da arena e os funcionários mais próximos a Sanchez.
Aos procuradores da Lava Jato, os dois afirmaram saber do caixa dois repassado ao ex-presidente do Corinthians e deputado. Bueno detalhou o repasse. Apesar de declarar ter recebido R$ 2,1 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a única empreiteira que aparece como doadora na campanha de Sanchez é a UTC Engenharia, com um envio de R$ 100 mil.
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