Por risco de perda de provas, juiz do DF permite buscas e apreensões na Caixa

EMPRÉSTIMO POR PROPINA

CONJUR
O risco de destruição de provas foi a justificativa para o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Seção Judiciária do Distrito Federal, permitir as buscas e apreensões ocorridas nesta sexta-feira (13/1) contra o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, o ex-vice-presidente de Gestão de Ativos e Terceiros da Caixa Econômica Federal Marcos Roberto Vasconcelos, o ex-servidor de carreira do banco José Henrique Marques Cruz e o fundador da Marfrig, Marcos Antonio Molina dos Santos.
Caixa Econômica Federal também foi alvo de buscas e apreensões.
Divulgação/CEF
Em sua decisão, Vallisney Oliveira destacou que existem fortes indícios de “que todas as pessoas relacionadas na representação da autoridade policial tiveram participação nos atos que ensejaram as referidas irregularidades/ilícitos”. Os citados são acusados de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo o MPF, Geddel Vieira Lima, que foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre março de 2011 e dezembro de 2013, e o deputado cassado Eduardo Cunha facilitavam empréstimos às empresas em troca de propinas. Por isso, o magistrado também autorizou a quebra dos sigilos telefônicos, telemáticos, postais, bancários e fiscais dos dados encontrados nas mídias e nos documentos que forem apreendidos.
Outro meio de negócios ilícitos, segundo o MPF, era a compra de debêntures (títulos empresariais privados) em troca de ajuda financeira aos políticos. Já a Polícia Federal destaca que, durante buscas na casa de Eduardo Cunha, foi descoberto um celular com várias mensagens entre o ex-parlamentar e Geddel Vieira Lima.

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