OAB pede que "lava jato" seja redistribuída imediatamente no Supremo

RISCO NA DEMORA

Alegando risco de agravamento da crise política e institucional e atendimento de expectativa da sociedade, a Ordem dos Advogados do Brasil pediu que as ações da operação “lava jato” no Supremo Tribunal Federal sejam redistribuídas imediatamente. O caso ficou sem relator após a morte do ministro Teori Zavascki, relator do caso.
Para Lamachia, medida é “imperativa” diante da grave conjuntura política.
Eugênio Novaes/OAB
Para Claudio Lamachia, presidente do Conselho Federal da OAB, o processo da “lava jato” deve ser redistribuído de forma imediata, seguindo o que estabelece o artigo 68 do Regimento Interno do STF, conforme adiantou a ConJur. Para ele, a medida é “imperativa” diante da grave conjuntura política do país.
“O próprio ministro Teori Zavascki, ao nomear uma força-tarefa, durante o recesso do Judiciário, para dar seguimento à homologação das delações da Odebrecht, demonstrou firme determinação em não postergar matéria de tal relevância. E é essa a expectativa da sociedade”, afirmou Lamachia.
Aguardar a nomeação de um sucessor de Zavascki para a continuidade dos trabalhos, segundo o presidente da OAB, servirá apenas para agravar o ambiente político-institucional do país.
“E não se trata apenas de prazos. Nas circunstâncias singulares deste momento, em que os condutores do rito de nomeação – Executivo e Senado – têm alguns de seus integrantes mencionados nas delações, optar por essa alternativa é dar margem a controvérsias e questionamentos, que não contribuem para a paz social", finalizou. 

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