Marinho propõe eleição em 2017 para mandatos de 5 anos
SEG, 02/01/2017 - 12:36
ATUALIZADO EM 02/01/2017 - 13:03
Jornal GGN - Ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP) e um dos petistas mais próximos de Lula, Luiz Marinho concedeu entrevista à Folha defendendo que o Congresso aprove uma Emenda Constitucional para antecipar as eleições de 2018 para 2017 com mandatos de cinco anos. "Pode ser para agosto de 2017, setembro. Faz um mandato excepcional, de cinco anos. A partir de 2022, 2020, voltaria a normalidade dos mandatos."
Para Marinho, num "momento excepcional" como este em que vivemos, com Michel Temer no poder após um impeachment que só piorou a economia, "medidas excepcionais" são necessárias. "Vejo a necessidade de uma emenda constitucional para sair das eventualidades que leio pelos jornais", disparou Marinho.
O petista falou contra as reportagens que denunciam que o Tribunal Superior Eleitoral deve cassar a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer, a reboque das denúncias da Lava Jato. O presidente da Corte, Gilmar Mendes, já avisou que a delação da Odebrecht deve impactar no caso.
"O Congresso teria esse desprendimento de reduzir o próprio mandato? E os governadores, deputados estaduais?", questionou a Folha a Marinho. "Será preciso uma pactuação política entre partidos e líderes políticos. Seria uma mesquinharia falar no próprio mandato. Estamos falando do Brasil, de desemprego, da ausência de emprego para jovens, de não enxergarmos saída. Suportar a situação até as eleições de 2018 é sangrar demais a economia", respondeu.
Na visão de Marinho, o PT não será "revanchista" apoiando o "Fora, Temer" a qualquer custo, principalmente se uma eleição indireta for o preço. "indireta é o golpe dois. Ou golpe três. Não vejo uma saída que não seja pelo voto direto", avaliou.
Para o ex-prefeito, Lula tem que ser o candidato natural do PT. Por isso, o apoio a Ciro Gomes ou outro postulante que queira encabeçar uma frente de esquerda está descartado. "Defendo que [Lula] seja presidente do partido e candidato a presidente da República. É a liderança que melhor reúne condições de construção de unidade partidária nessa fase conjuntural. (...) Para a Presidência, não há outra liderança em melhor situação eleitoral do que o Lula. Então, para que perder tempo e divagar sobre isso?"
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