Haiti declara Jovenel Moise vencedor de eleições presidenciais

Portal Vermelho - 4 de janeiro de 2017 


  
De acordo com o Conselho Eleitoral, que divulgou os resultados do pleito em sua página na internet, o empresário do setor agrícola obteve 55,6% dos votos no primeiro turno e não precisará disputar uma segunda votação.

No pleito, Moise foi seguido por Jude Celestin, da Liga Alternativa pelo Progresso e Emancipação Haitiana (Lapeh), que recebeu 19,52% dos votos. O candidato da Plataforma dos Filhos de Dessalines, Moise Jean-Charles, foi o terceiro colocado, com 11,04%, seguido pela candidata da Família Lavalas, Marysse Narcisse, que teve 9,01%.

Participaram das eleições gerais 28 candidatos à Presidência. As votações também elegeram um grupo de senadores e dezenas de autoridades municipais.



A vitória de Moise foi seguida de protestos por parte da oposição, que havia acusado fraudes no pleito. As acusações foram rejeitadas pelo Tribunal Eleitoral do país que, após investigações, informou ontem que ocorreram irregularidades pontuais, mas não em dimensões suficientes para alterar os números da votação.

Com o resultado desta terça, encerra-se no Haiti um período de quase um ano de instabilidade política, visto que o país caribenho era dirigido por um governo provisório desde fevereiro de 2016, quando o ex-presidente Michel Martelly encerrou seu mandato. A partir de então ocorreram diversas tentativas fracassadas de se realizar um novo pleito presidencial.

A votação que elegeu Moise deveria ter acontecido em 9 de outubro do ano passado após ter sido adiada em três outras ocasiões, mas foi novamente adiada devido ao caos gerado pela passagem do furacão Matthew no dia 4 do mesmo mês, que deixou pelo menos 573 mortos.

Após a declaração do Conselho Eleitoral Provisório, Moise classificou sua eleição como um voto “num caminho para uma vida melhor para todos os haitianos”. No Twitter, ele ainda afirmou que será o presidente “de todos os haitianos, sem distinção” e que sua administração trabalhará para “garantir a coesão e unidade nacional”. 


 Fonte: opera Mundi

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