André Barrocal: Os rolos por trás do presente bilionário às teles

Tramoia

por André Barrocal — na Carta Capital -  publicado 16/01/2017 
Plano tramado entre governo e Congresso acoberta fracassos e irregularidades da Oi e falhas da Anatel
Kassab
O ministro de Comunicações, Gilberto Kassab, age em nome da ideia de venda da Oi (Beto Brata/PR)
Às vésperas do Natal, o Congresso e o governo prepararam um presente às companhias de telefonia fixa de dar inveja ao mais generoso Papai Noel. Tentaram mudar a lei para que elas não tenham mais de pagar para explorar o serviço público nem aceitar metas de atendimento aos brasileiros, muito menos devolver, ao fim dos contratos em 2025, o patrimônio público alugado nos leilões de 1998.
Em troca, promessas de investimento em banda larga. É verdade que o fone fixo perdeu espaço devido aos celulares, enquanto a internet veloz é mais demandada. O plano tramado em Brasília significa, porém, doar bilhões às teles, e numa área vital à soberania nacional. “Crime de lesa-pátria”, segundo o senador Roberto Requião.
Por trás do escandaloso plano, por ora no aguardo de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua sanção pelo presidente Michel Temer, esconde-se um enredo ao qual o senador reservaria palavras parecidas.

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