Miro: “Coxinhas” ficam sem o peru de Natal
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Manipulados pela imprensa falsamente moralista, muitos “midiotas” bateram panelas e foram as ruas para exigir o “Fora Dilma”. Os tapados acreditaram piamente na conversa fiada de que bastaria tirar a presidenta para a economia voltar a crescer e o Brasil virar um paraíso. Nos primeiros dias do “golpe dos corruptos”, a imprensa mercenária, alimentada com mais verbas de publicidade, até estimulou essa miragem. Ex-urubólogos se fantasiaram de otimistas para difundir a mentira da “volta da confiança” do deus-mercado. Agora, porém, nem eles mais divulgam esta baita mentira, temendo pela queda ainda mais abrupta da sua já pouca credibilidade.
Já os “midiotas” começam a questionar, ainda timidamente, se não serviram de massa de manobra para as elites golpistas e seus planos de retirada de direitos sociais. Desde 31 de agosto passado, data fatídica do golpe do impeachment, eles só ouvem falar em aumento da idade para a aposentadoria, em parcelamento das férias, em aumento da jornada de trabalho para 12 horas semanais – entre outras maldades orquestradas pelo covil golpista e defendidas pela mídia chapa-branca. O Natal, que dizem ser um tempo de reflexão, talvez sirva para os “coxinhas” confirmarem a besteira que fizeram... mas sem o tradicional peru na ceia.
Matéria publicada na Folha nesta quinta-feira (23) informa que “a crise fez o cardápio natalino tradicional perder espaço na mesa dos brasileiros, segundo estudo da consultoria especializada em varejo dunnhumby. A parcela dos consumidores que pretendem preparar uma ceia tradicional caiu de 75% em 2013 para 61% neste ano. Além disso, 10% terão à mesa pratos do dia a dia, conforme mostra levantamento com mil consumidores em São Paulo. Em 2013, só 4% optaram por um jantar comum. ‘O consumidor está atento a produtos alternativos que podem ser mais baratos. Por isso, os itens típicos de Natal vão sofrer mais’, disse o diretor da dunnhumby Sérgio Messias, lembrando que o frango aparece como forte substituto do peru na pesquisa deste ano.
Ainda segundo a reportagem, “entre os que farão ceia, 55% preferirão o frango para economizar no Natal de 2016, um crescimento de cinco pontos percentuais. A demanda por frutas secas também será impactada, segundo a pesquisa. Cerca de 56% dos entrevistados falam em tirá-las do cardápio, alta de três pontos percentuais em relação ao ano passado. Luiz Muniz, sócio da consultoria Telos Resultados, observa que apesar da crise, o panetone será beneficiado. ‘Neste Natal, o panetone deixou de ser um pão com frutas e virou um presente’, afirmou”.
Que o Natal sem peru e sem presentes sirva para despertar os tacanhos “midiotas”, são os meus mais sinceros desejos!
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