Eleição no Colégio Eleitoral, 19/12, EUA: Golpe de estado anti-Trump em andamento?

14/12/2016, Stephen LendmanGlobal Research



Perto de cinco dúzias de Super Eleitores dirigiram-se por carta ao Diretor da Inteligência Nacional dos EUA, James Clapper, requerendo que lhes fossem repassadas informações (inexistentes) sobre a interferência russa nas eleições nos EUA.

Outros podem unir-se a esses. Apenas um deles é eleitor de estado no qual Trump venceu (Texas); todos os demais são de estados nos quais Hillary venceu – incluindo 17 da Califórnia, seis de New York e cinco de Massachusetts – o que significa que votarão em Hillary na 2ª-feira em qualquer caso, mesmo que Clapper não aceda ao pedido de informações e independente de qual seja a informação que lhes seja repassada ou que Clapper tenha ou não.

Trump conseguiu 306 votos do Colégio Eleitoral, contra 232 de Hillary; os votos dela são fortemente concentrados no nordeste e na costa oeste e na costa média do Atlântico. Ele venceu em 30 estados (ela, em 20) – sendo necessários 270 votos de Super Eleitores no Colégio Eleitoral para eleger o/a presidente/a.

Será preciso que 37 eleitores, dos estados onde Trump venceu, reneguem o voto dado a ele, o que levará a eleição para a Câmara de Deputados, à qual, nesse caso, caberá eleger o/a presidente/a dos EUA.

Os Republicanos controlam aquela Casa, com 241 assentos contra 194 – e são necessários 218 votos a favor de um dos três candidatos mais votados para fazer o vencedor.

Apesar da histeria criada e inflada pelos veículos da mídia-empresa em torno da suposta interferência dos russos no processo eleitoral a favor de Trump, o mais provável, embora não absolutamente certo, é que ele mantenha a vitória. Claro que as forças pró-Hillary querem escrever outra história.

Na carta que enviaram a Clapper, os eleitores citaram o que jamais assegurará coisa alguma em escrutínio independente apertado, ao dizer que:


"(a) comunidade de inteligência dos EUA (...) concluiu com 'alta confiabilidade' que uma potência estrangeira, a Rússia, agiu clandestinamente para intervir na campanha presidencial com a intenção de promover a candidatura de Donald Trump."
"Durante a campanha, a Rússia tentou ativamente influir no resultado das eleições mediante ciberataques contra nossas instituições políticas e ampla campanha de propaganda coordenada através de Wikileaks e outros veículos."
"A clara disposição de Trump, de não considerar conclusões da comunidade de inteligência e a insistente defesa que faz da Rússia e do presidente da Rússia Vladimir Putin exigem exame cuidadoso pelo Colégio Eleitoral, que deliberará sobre esses temas."


E esse "exame cuidadoso" tem de ser levado a efeito (...) "antes de esse Colégio Eleitoral depositar seus votos."


"Os Super Eleitores exigem que a comunidade de inteligência lhe forneça informações sobre investigações que estejam em curso sobre laços entre Donald Trump, sua campanha ou associados e a interferência dos russos na eleição; o objetivo daquelas investigações; até que ponto já chegaram; e quem está envolvido nessas investigações."
"Exigimos também um briefing sobre todos os achados dessas investigações, dado que esses achados têm impacto direto sobre os fatores chaves em nossas deliberações sobre se o Sr. Trump está preparado para ser Presidente dos EUA."
"Além disso, os Super Eleitores requererão separadamente que lhes sejam fornecidas evidências conclusivas de que Donald Trump pessoalmente, ou membros de sua equipe e assessores não aceitaram interferência russa e não colaboraram de qualquer outro modo durante a campanha; e clara e conclusiva declaração de que rejeitaram e repudiaram que prosseguissem tais colaboração e interferência."


Exigem que lhes seja provada a 'não existência' da tal interferência; o que, como todos sabem, é prova impossível (é possível provar q tenha havido a tal interferência, se houve; se não se a pode provar, entende-se que não houve; mas é impossível provar a inexistência da interferência; aí opera um axioma lógico). Exigir prova impossível é erro lógico, além de ofensa grave, ultrajante.

O que está em curso é evento sem precedentes na história dos EUA, tipo de golpe que se pode esperar de repúblicas de bananas. Os EUA correm acelerados pela trilha que os aproxima daquela lastimáveis repúblicas falhadas, já incorporando os seus piores traços.

Boicote contra a eleição de Trump é, no melhor dos casos, uma aposta de longo prazo, e o próprio atentado indica que Trump continuará a enfrentar esse tipo de oposição suja, se conseguir ultrapassar a atual histeria, se conseguir tomar posse e chegar à presidência, apesar de tudo e contra toda essa 'oposição'.


Se se examina à frente, o mais provável é que a República nunca mais volte a ser o que antes foi nos EUA –, depois de ter decaído a profundezas abissais, que jamais sequer supus que fossem possíveis nesse país.*****



Uma das  10 tendências de Gerald Celente para 2017 é a morte do 4º poder:
"em 2017 morrerá o jornal diário. (Pesquisas mostram) que o nível de confiança do cidadão nos jornais e jornalistas está hoje abaixo de 10%."

Agora, depois da cobertura da corrida presidencial nos EUA, esse resto de credibilidade exauriu-se. Economicamente, as grandes mídia-empresas estão quebradas, Celente explicou. Não param de perder dinheiro, demitem em massa e estão morrendo morte lenta, de agonia longa.

Celente: "A indústria chega ao fim de uma década de revezes terríveis e fracassos dramáticos no serviço de reportar, editar e noticiar eventos do poder."

"Segundo estimativas da American Society of News Editors e do Poynter Institute, aquelas perdas e cortes acrescentam-se à evidência de que metade dos empregos nas redações foram eliminados em menos de dez anos."

15/12/2016, "Levemos à falência os canalhas da mídia!"
[Put Media Scoundrels Out of Business], Stephen Lendman 

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