EL PAÍS: Apoio a Temer corre risco de ruir após delação da Odebrecht

Vazamento do primeiro acordo de colaboração atinge coração da gestão peemedebista em momento crucial, da votação da PEC do Teto





Michel Temer no último dia 5, em Brasília.  REUTERS

Os assessores de um seleto grupo de políticos em Brasília fizeram hora extra neste fim de semana. Na noite de sexta-feira, quando vários deles encerravam seus expedientes, foram obrigados a promover uma espécie de festival informal de envios de notas à imprensa para tentar defender seus chefes das acusações de um dos 77 delatores da empreiteira Odebrecht que fizeram acordos de colaboração premiada com a operação Lava Jato. Em um documento de 82 páginas, Claudio Melo Filho, um ex-vice-presidente da megaempreiteira, citou nominalmente 24 políticos com quem ele tinha relações pessoais, profissionais e até mesmo criminosas. A esperada “delação do fim do mundo” começou com força e já atinge em cheio o governo Michel Temer e a cúpula do PMDB.
No Palácio do Planalto, o clima é de total apreensão. As razões: 1) ainda faltam vir à tona 75 delações dos executivos da Odebrecht, inclusive a de seu ex-presidente Marcelo Odebrecht, que podem implicar bem mais membros do primeiro escalão;

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