Tijolaço: A regra de três da sonegação



repatriacao
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Publicam os jornais que a arrecadação com a tal “repatriação de recursos no exterior” – na verdade um “branqueamento” de dinheiro, pois não se obrigou a nenhuma “repatriação”, senão a do imposto e da multa – rendeu R$ 46,8 bilhões, valor  R$ 4,15 bilhões inferior ao anunciado na semana passada pelo governo, de R$ 50,9 bilhões.
Foram contribuintes (contribuintes?) que pediram a repatriação e não pagaram os impostos e a multa, de 15% cada um.
O mais interessante, porém, é que a própria receita diz que , deste valor, ” quase 99% desse valor está nas mãos de sete contribuintes: cinco pessoas físicas e duas pessoas jurídicas”.
Portanto, é só aplicar uma regra de três e, como diria o Michel Temer, ver-se-á que estes sete deixaram de recolher R$ 4,1 bilhões.

Dividindo igualmente os safardanas, dá R$ 585,71 milhões para cada um. Mas se iam recolher 30% (15% de imposto e 15% de multa), o que cada um deles tinha no exterior era ….R$ 1.952,38 milhões, ou quase R$ 2 bilhões cada.
Francamente, quantia de transformar Paulo Roberto Costa num pedinte de rua.
O número oficialmente divulgado  de “repatriadores”  – 25,011 mil pessoas  físicas e 103 pessoas jurídicas-  se tratado na mesma proporção – 99% de altos valores – dá que 251 pessoas, se valer a mesma proporção, teriam sido  responsáveis por 99% da arrecadação dos R$ 46,8 bilhões.
Como isto se refere a 30% (repito, 15% de imposto e mais 15% de multa) do dinheiro mantido lá fora, é possível afirmar  que – por mera “regra de três” – 251 pessoas e empresas mantinham clandestinamente no exterior cerca de R$ 140 bilhões. Caca uma, portanto, em média, com R$ 615,3 milhões  “viajando”.
Isso, só os 99% dos que quiseram aproveitar a chance de lavar o dinheiro.
Pedro Barusco é um amador, com seus USS 100 milhões, que andam dando pouco mais da metade daquele valor em reais.
Alguém aí ainda quer falar em moralidade e “dez medidas contra a corrupção”?

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