“É comigo?” Temer teme onda de prisões entre seus aliados

POR  · 17/11/2016

temercabral
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Diz Valdo Cruz, na Folha, que o Palácio do Planalto está temeroso por causa “do que pode vir pela frente e fragilizar a atual base aliada de Michel Temer”.
A avaliação de assessores presidenciais é que a Operação Lava Jato entrou em uma nova fase com prisão de Cabral, que pode ser a primeira de outros ex-governadores e até de atuais chefes de executivos estaduais.
Nesta etapa, a equipe do presidente Temer avalia que o PT deixa de ser o principal alvo das investigações, que migram também para nomes ligados ao PMDB, PSDB, DEM e PSB, entre outros, podendo causar, a médio prazo, estrago politico nos maiores partidos da base de apoio do governo atual.

É mais do que isso e, ao menos através de atitudes, é Renan Calheiros aquele que mais parece estar percebendo do que se trata, na verdade,  é da preparação de um assalto judiciário ao poder da República.
O movimento de hoje, um dia após os conflitos de ontem envolvendo os servidores públicos atingidos pela calamidade da administração estadual do Rio, dificilmente será casual.
Como não é casual que uma chusma de enlouquecidos tenha invadido ontem o plenário e a Mesa da Câmara aos gritos de “viva Moro” e “queremos ditadura”.
É visível que há uma ofensiva corporativa contra o Legislativo, servindo-se do fato de que a sua composição – que é historicamente sofrível, modernamente péssima e atualmente abjeta – é de espinhas curvadas e mãos trêmulas de medo, depois de ter passado por Eduardo Cunha e Michel Temer e seu golpismo.
É bom lembrar, para que não haja dúvidas, que o filho de Sérgio Cabral, que já se elegera pelo famoso “Aezão” – Aécio + Pezão , patrocinado por Jorge Picianni  – voltou à Câmara para votar “sim” ao impeachment de Dilma Rousseff.
Votar em Temer e pelo golpe, portanto.
Michel Temer está se lixando pelo destino de seus aliados, como sempre ocorreu em sua carreira de oportunista.
Mas está preocupadíssimo com seu posto e com seu pescoço.
Sabe que a máquina mortífera do Judiciário, está em marcha insana, pelo poder.
Para defender-se, como não conta com o povo – que segue sendo empurrado pela mídia aos “salvadores togados da Pátria” – precisa servir carne aos lobos.
Os bobos na esquerda, com alma de udenista, vibram também com as pirotecnias do “prende eles”.
Lamento informar, mas quando este processo começa, com a prisão dos corruptos “já sem serventia”, o fim das garantias se volta é contra nós.
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E com a esquerda, mostra a história, não vai ter juiz bonzinho.

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