Agora, Serra diz que não teve pesadelo com eleição de Donald Trump
Chanceler suaviza declaração contra eleito e diz esperar que o republicano suavize suas propostas
O ministro José Serra, nesta quarta-feira. ANDRESSA ANHOLETE AFP |
“Não foi pesadelo, porque eu passei acordado. A gente só tem pesadelo dormindo. Agora, tendo o resultado da eleição em um sistema democrático, nós vamos olhar o interesse do nosso país. E fazer votos para que ele [Trump] se saia bem e abra posições positivas em relação ao mundo, à América Latina e ao Brasil”, disse.
Em declaração à imprensa, o chanceler brasileiro disse que Amaral está elaborando um plano de relacionamento para tratar com a equipe de transição do presidente eleito e recorreu ao futebol para afirmar que ele espera que a gestão Trump não seja tão radical e deixe de cumprir algumas das propostas extremistas apresentadas na campanha. “Em respeito daquilo que foi dito em campanha, seja pelos candidatos, seja pelos observadores políticos do mundo inteiro, eu lembraria uma frase do Didi: ‘Treino é treino, jogo é jogo’. Treino é campanha. O jogo começa agora.” A fala é uma referência ao jogador de futebol Valdir Pereira (1928-2001), um habilidoso meia carioca, bicampeão mundial com a seleção brasileira nos anos de 1958 e 1962.
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