Forças Armadas da Venezuela aos golpistas: “Vocês vão topar com a férrea resistência dos militares”.
No último domingo, dia 23, a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou uma declaração afirmando haver uma “ruptura da ordem constitucional e a existência de um golpe de Estado” em curso no país, supostamente cometido pelo governo de Maduro em relação ao bloqueio do referendo revogatório. Ontem, em meio a protestos dos chavistas, a mesma Assembleia iniciou um julgamento político que pode levar à destituição do atual presidente Nicolás Maduro, embora a Constituição venezuelana não preveja qualquer forma de impeachment.
Enquanto o povo saía às ruas gritando “Venezuela não é Brasil”, o ministro da Defesa, general Padrino Lopez, apareceu na televisão cercado por outros treze generais do Alto Comando Militar, todos em traje de campanha, para anunciar: golpistas que tentarem derrubar Maduro vão topar com a férrea resistência das Forças Armadas. Veja os principais momentos da fala do general López:
Por Nocaute em 26 de outubro
“Seu verdadeiro propósito não é outro senão afetar gravemente a institucionalidade do país mediante o caos e a anarquia, para finalmente derrubar o governo legitimamente estabelecido do senhor Nicolás Maduro Moros. Para nós Maduro não é representante de uma parcela política, mas o presidente constitucional e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, que exerce a suprema autoridade hierárquica e a quem reiteramos nossa incondicional lealdade e o inquebrantável compromisso de cumprir e fazer cumprir fielmente a suprema lei da República, que se constitui num pacto de convivência para todos os que vivemos nesta abençoada terra.
Convém ressaltar o respeito que sentimos por todos aqueles que elegeram os atuais deputados da Assembleia Nacional, o mesmo respeito professamos pelos que elegeram o atual Chefe de Estado.
Tudo o que ocorreu nos últimos dias, sem margem a dúvidas, encarna um grave atentado contra a soberania e independência nacional, pois viola flagrantemente o principio de autodeterminação dos povos, assim como serve à cobiça imperial do sistema capitalista mundial.
Em consequência, não nos cansaremos de repetir: quem, sob qualquer pretexto, pretender intervir no solo sagrado da pátria, topará com a férrea resistência dos filhos e filhas de Bolívar e de Chávez, em sua irredutível disposição de defender com a vida cada espaço do território nacional e cada conquista social alcançada. Da mesma forma, exigimos respeito à Constituição e às leis da República.”
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