ESTUDANTES PEDEM DIÁLOGO, E GOVERNO RESPONDE COM AMEAÇAS NO DEBATE DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO

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 - The Intercept Brasil

26 de Outubro de 2016, 12h48

HÁ QUEM DIGA que a reforma do ensino médio está acontecendo sem diálogo, mas não é verdade. Está havendo diálogo e vai ter muito mais. A questão é com quem. Na última semana, dia 19, foi instalada no Congresso Nacional uma Comissão Mista para discutir a polêmica medida provisória 746/2016, conhecida como proposta de reforma do ensino médio.
A MP causou rebuliço por alterar o formato do ensino médio. Entre as mudanças mais drásticas, o currículo — que atualmente se compõe em três anos comuns a todos no ensino médio regular — será dividido em ciclo básico (de um ano e meio, com matérias de todas as áreas) e ciclo de especialização. Nesta segunda etapa, o aluno escolhe entre cinco “trilhas de formação”, focadas nas seguintes áreas de conhecimento: formação técnica e profissional, linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Todas serão ensinadas em período integral e, no caso do ciclo técnico e profissional, por professores que não necessariamente tenham licenciatura, mas sim “notório saber” sobre o assunto ensinado.


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