Estudantes de Curitiba põem mercenários do MBL pra correr

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por Eduardo Guimarães - no Blog da Cidadania - 21/10/2016

Durante a campanha eleitoral mostrei uma tática do grupo antipetista Movimento Brasil Livre (MBL), que produz vídeos para ludibriar pessoas com teorias econômicas prejudiciais aos trabalhadores (como exterminar direitos trabalhistas) e para constranger quem acalenta ideologia de esquerda.
Vídeo gravado pela minha equipe de campanha expõe as farsas promovidas por esse grupo.

Pois é esse mesmo MBL que, recentemente, foi flagrado abordando e agredindo jovens menores de idade nas escolas ocupadas em Curitiba.
O post contém informações de Francisco Toledo, co-fundador e escritor da Agência Democratize, em São Paulo. Ele relata que o Movimento Brasil Livre foi flagrado recentemente abordando e agredindo jovens menores de idade nas escolas ocupadas em Curitiba.
Em um dos vídeos publicados pelo grupo no Facebook, é possível ver o coordenador nacional do movimento, Renan Santos, que responde a mais de 60 processos na Justiça, além do “youtuber” Arthur, do recém lançado canal chamado Mamaefalei, que você vê no vídeo acima
O trabalho de Arthur é exatamente esse: ir a manifestações e mobilizações de esquerda com o objetivo de gravar vídeos ironizando o posicionamento dos manifestantes. Segundo informações de ex-membros do MBL, o youtuber é financiado pelo grupo e não possui outro trabalho.

Arthur viaja reiteradamente para fora de São Paulo a fim de gravar vídeos ironizando manifestações contra Michel Temer (PMDB), que se reuniu recentemente com o grupo para montar uma estratégia de defesa das reformas pretendidas pelo governo nos próximos meses — incluindo a PEC 241, ou a MP do Ensino Médio.
Trocando em miúdos: Temer financia Mamãe Falei e Renan Santos, entre outros espertalhões do MBL. Até agora, não se viu uma só crítica à doação de dinheiro público ao MBL.
Foi justamente por conta da PEC 241 e da MP do Ensino Médio que estudantes começaram a ocupar escolas estaduais no Paraná e no restante do Brasil. Até o momento, já são mais de 800 escolas ocupadas em todo o país — mais de 600 apenas no Paraná.
Tanto o MBL quanto Arthur não perderiam a oportunidade de tentar enfraquecer o movimento estudantil diante da opinião pública.
Mais abaixo, vídeo de momento em que Arthur e um comparsa são expulsos de uma escola na qual tentavam promover seu esquema fraudulento: encontrar pessoas “ruins de câmera”, que ficam nervosas ao ser entrevistadas e por isso não conseguem articular respostas coerentes.
Pressionado um dos integrantes do MBL, ele afirma ser fascista e, logo em seguida, ao ser perguntado novamente, responde não ser burro para responder perguntas. Mas são esses mesmos mercenários que tinham ido buscar respostas ineptas de algum militante “ruim de câmera”.
A grande maioria dos estudantes nas escolas ocupadas do Paraná é de menores de idade. Mesmo assim, sem permissão dos pais dos alunos, Arthur começou a gravar seu vídeo em uma das escolas ocupadas, o Colégio Estadual do Paraná — a maior escola do estado —, filmando os rostos dos jovens – prática proibida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Ao lado de membros de outro grupo, chamado Direita Curitiba, Arthur é acusado pelos estudantes de entrar de maneira forçada nas dependências da escola, além de abusar sexualmente de uma jovem, que abriu um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher após o caso.
Um estudante ainda acabou sendo agredido por Arthur.
Em resposta, o youtuber afirma que a agressão começou por parte de um dos estudantes, que tentou segurar sua câmera.
Os secundaristas se defendem, acusando Arthur de não respeitar os jovens no local, que já haviam afirmado por diversas vezes que não estariam dispostos a gravar uma entrevista, principalmente após as denúncias de agressão sexual que o grupo teria cometido contra uma jovem.
O MBL promete se transformar em um dos grandes escândalos do governo Michel Temer. Apesar de a mídia tradicional não se interessar pelo uso obscuro de dinheiro público pelo governo federal para financiar esses mercenários, vai ser inevitável que essa bomba estoure.
O governo Temer está metendo dinheiro público no MBL sem dar satisfação a ninguém. Apesar do estranhíssimo desinteresse do Ministério Público e da Polícia Federal com esse uso descarado de dinheiro público com fim político, não demora alguém vai mapear a falcatrua e não vai dar pra segurar.
A colunista Monica Bergamo da Folha de São Paulo Monica Bergamo divulgou recentemente como o MBL gasta dinheiro público espalhando pistoleiros para perseguir adversários políticos.

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