Defesa de Lula pede que João Doria testemunhe em suspeição contra Moro

PEDIDO DE SUSPEIÇÃO

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria Junior, foi listado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha para falar sobre a suposta parcialidade do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). Além do novo mandatário paulistano, também são citados os deputados federais Paulo Teixeira (PT), Wadih Damous (PT), José Mentor (PT), Jandira Feghali (PCdoB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB).
Defesa de Lula rebate acusações do MPF e diz que denúncias não se sustentam.
Instituto Lula
Para os advogados de Lula — Roberto Teixeira, José Roberto Batochio e Cristiano Zanin Martins — é preciso explicar a presença do juiz da "lava jato" em eventos promovidos pelo prefeito eleito enquanto representante do grupo de líderes empresariais Lide. O argumento consta no pedido de suspeição apresentado contra Moro.
“O excepto [Moro] também participou diversas vezes de eventos promovidos pelo Sr. João Doria Junior, recentemente eleito para Prefeitura do Município de São Paulo pelo PSDB (e já havia formalizado sua pré-candidatura em data anterior). Além de adversário político, o Sr. João Doria fez afirmações difamatórias em relação ao Primeiro Excipiente [Lula], chegando a afirmar que iria ‘falar com o Moro’ sobre uma suposta prisão [de Lula]”, afirmam os representantes de Lula.
Teixeira, Batochio e Zanin também alegam que os esclarecimentos dados por Moro ao Supremo depois do levantamento do sigilo dos áudios envolvendo os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff são, na verdade, uma confissão de culpa. “O excepto levantou o sigilo das interceptações telefônicas — lícitas e ilícitas — com finalidade diversa da instrução do processo penal, utilizando-as, como já dito, para depreciar o excipiente e acabou por subsidiar movimentos políticos e gerar instabilidade social, ao arrepio da Constituição Federal.”

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