Operador de Cunha diz em mensagem de celular que Geddel “tem boca de jacaré para receber”

DCM
Postado em 8 de setembro de 2016 às 1:42 pm

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O empresário Lúcio Funaro, preso na Lava Jato como suposto operador de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do próprio PMDB, fez uma revelação constrangedora, numa mensagem trocada com Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, segundo aponta reportagem do jornalista Filipe Coutinho (leia aqui).
“Ele é boca de jacaré para receber e carneirinho para trabalhar e ainda reclamão”, escreveu Funaro, referindo-se a Geddel Vieira Lima, um dos ministros mais influentes de Michel Temer, que cobrava a liberação de R$ 330 milhões para o grupo J. Malucceli.

A frase foi incluída num relatório da Polícia Federal sobre o caso. Segundo a PF, Geddel tinha “preocupação exacerbada” sobre um aporte do banco para o grupo J.Malucelli, no valor de R$ 30,6 milhões, o primeiro de um total de R$ 330 milhões.
Funaro ainda chamou Geddel de “porco” e disse que poderia “dar porrada” nele, se as cobranças prosseguissem. Segura essa m… Ele quer f… tudo que não participa. É um porco”, escreveu Funaro a Cleto. No relatório, a PF não esclarece o contexto da conversa sobre as cobranças.
A conversa entre Cleto e Funaro gira em torno de operação financeira da Caixa em favor da empresa J.Malucelli Energia. Trata-se de um investimento do FI-FGTS no valor de R$ 330 milhões. O primeiro depósito aconteceu em 2012, no valor de R$ 30,6 milhões.”Ele está louco atrás dessa operação da Malucelli. Já me cobrou umas 30 vezes”, diz Cleto.
O ministro, que chegou a ser vice-presidente da Caixa por indicação de Michel Temer, pode ser o próximo a cair, depois de Romero Jucá, Fabiano Silveira e Henrique Alves. Na reportagem, ele afirmou não ter qualquer influência na liberação de recursos do FI-FGTS. “Caso típico de utilização do nome. Preocupação zero”, afirmou. O advogado de Lúcio Funaro, Daniel Gerber, disse que as conversas “não representam ilícitos e a defesa provará a inocência nos autos”.

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