O coronel e a mocinha. É a “moda Moro”, versão meganha

POR  · 06/09/2016

coronelmocinha
.
Reuni, numa só edição, as “explicações” do coronel Dimitrios Fyskatoris, da PM paulista e o relato de uma das jovens detida na Rua Vergueiro – antes da manifestação de domingo na Avenida Paulista, feito para a Midia Ninja.
É a melhor maneira de confrontar as versões e enxergar o óbvio.
O coronel Dimitrios, com todo o respeito, quer que as pessoas acreditem que o suposto grupo de “vândalos”, antes de fazer “vandalismo”, confessou “espontaneamente” que iam vandalizar.

Será que em sua longa carreira o coronel já abordou um sujeito que, ao ser abordado pela PM, tenha dito: “ah, seu puliça, tô indo ali roubar uma padaria”?
Mas o coronel diz, impávido: “”Eu tenho registro da declaração deles dizendo que faziam parte de um grupo que estava reunido para praticar atos de desordem na cidade e que eram parte de várias células que estavam espalhadas pela cidade”, declarou.
É a “delação” premiada padrão PM, versão “pé de boi” das do juiz Moro.
Prendam um guri de 17 ou 18 anos uma madrugada inteira, cercado de brutamontes armados, sem acesso a advogado e é capaz de ele dizer que  foi ele que furou o casco do Titanic.
Ninguém descreveu melhor isso do que o juiz Rodrigo Tellini, que mandou soltar as moças e rapazes.
“Vivemos dias tristes para nossa democracia. Triste do país que seus cidadãos precisam aguentar tudo de boca fechada. Triste é viver em um país que a gente não pode se manifestar”
Aliás, não é curioso que tenham “ressuscitado” a ideia de “black blocs” depois de eles terem sumido desde 2013?
O pessoal das trevas tem mesmo poder sobre os mortos-vivos.

Comentários