Marcelo Auler: A Democracia “mais ou menos ” de Eliseu Padilha



Marcelo Auler

Padilha: Democracia mais ou menos.
Padilha: Democracia mais ou menos.
Nas palavras do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, “O Brasil é uma democracia que está mais ou menos consolidada. Nós temos que ter presentes que as instituições estão vigorando com toda a plenitude , não há temor de parte de ninguém”
Então tá. Funciona mais ou menos assim. O mais fica por conta do povo que vai à rua para denunciar o golpe que a turma ligada ao ministro Padilha patrocinou ao derrubar a presidente eleita com 54 milhões de votos, Dilma Rousseff.

O menos, fica justamente na cinta destes golpistas, que depois de rasgarem a Constituição cassando o voto de milhões de brasileiros sem conseguir apresentar de forma clara o tal crime de responsabilidade, usam das forças policiais dos governos aliados para sentar o sarrafo em quem se manifesta contra eles
As instituições vigoram plenamente em termos. Enquanto a Polícia Militar de Alckmin provoca tumultos, arrebenta e prende manifestantes que foram às ruas no domingo, o juiz Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, do Tribunal de Justiça de São Paulo liberta os jovens  lembrando:
O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação de praticar verdadeira ‘prisão para averiguação’ sob o pretexto de que estudantes poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Este tempo, felizmente, já passou”.
Já outros setores do judiciário ou se omitem diante do golpe, ou contradizem o que falou Aguirre Camargo, mantendo preso suspeitos para evitar “atentados” durante os Jogos Olímpicos. Mesmo depois de os jogos terem se encerrado.
Ah, sim, o ministro também garantiu que “não há temor de parte de ninguém”. Mas, pelo sim, pelo não, Michel Temer dispensou o Rolls Royce conversível presidencial que tradicionalmente é usado nestas datas. Não foi medo das vaias mas, talvez, quem sabe, de uma insolação ou mesmo de uma chuva inesperada.

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