No JN tem espaço para o gringo bobalhão. Para Lula, nunca; Dilma, jamais

POR  · 20/08/2016
bobalhao1
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Jornal Nacional anuncia para hoje uma “entrevista exclusiva” com o nadador Ryan Lochte, protagonista do espetáculo de mau-caratismo do “assalto que era bebedeira” nos Jogos Olímpicos.
Repaginado, pelo que se vê na foto divulgada no site, para ficar com cara de bom-moço – em lugar do “bad boy” que era seu marketing pessoal – o mais importante órgão da imprensa brasileira, depois de ter dedicado longos oito minutos ontem para o caso, vai fazer o contrário do que este sujeito merecia: ser reduzido ao esquecimento.

Curioso que haja tempo assim sobrando para entrevistar insignificâncias deste tipo.
E não haja para entrevistar, como fez ontem a BBC, um ex-presidente da República atacado judicialmente.
Nem para uma presidenta da República, eleita pelo voto, ameaçada de deposição.
Quem sabe não usam a explicação do diretor de redação da Folha, Sérgio D’Ávila, quando se descobriram as perguntas que o jornal ocultou onde se revelavam o desejo por novas eleições: ” é prerrogativa da Redação escolher o que acha jornalisticamente mais relevante”.
Ryan Lochte é irrelevante, um simples babaca de mau caráter.
Mas é útil para uma maquiagem patrioteira, que se incomoda com um banheiro depredado, mas entrega bilhões de barris de petróleo sem um chiado.

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