Taxistas vão a Moro contra a Uber (e o Direito fica cada vez menor)

DIÁRIO DE CLASSE
Na última quinta-feira (7/7), em Brasília, acompanhado do professor Victor Drummond, saí da Faculdade de Direito da UnB, onde ocorria o XXV Encontro Nacional do Conpedi, e peguei um táxi rumo ao hotel. Ao ouvir no rádio o final de uma notícia sobre a Uber, cujo teor não ficou muito claro, indagamos o motorista sobre o andamento do projeto de lei local que pretende regulamentar o aplicativo. Ele respondeu: “hoje mesmo, nós fomos até o juiz Sergio Moro, lá em Curitiba, pedir para ele resolver nosso problema”.
Fui checar a informação. De fato, os representantes da categoria de diversos estados da federação reuniram-se para protestar em Curitiba. Eles foram recebidos por Sérgio Moro, na sede da Justiça Federal, ocasião em que lhe entregaram um dossiê contra o aplicativo.
Imaginei a cena: centenas de taxistas chegando à frente do prédio, com carro de som e a faixa “República de Curitiba: aqui se cumpre a lei”, contendo a foto do juiz. Faz todo sentido. Os taxistas querem justiça. Como não pensaram nisso antes? O raciocínio é bastante singelo e certeiro: se o Sérgio Moro aderir de algum modo à nossa reivindicação, a coisa vai ficar feia para o lado da Uber.

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