Cunha chora, afirmam aliados

Postado em 4 de julho de 2016 às 12:04 pm
DCM
Do Estadão:
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O deputado afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem despachado na residência oficial mais com advogados do que com aliados ora fiéis sob o medo de ver alguém da família ser preso nestes quase dois meses em que está fora da presidência da Casa.
Quem visita o peemedebista afirma que, diferentemente da realidade de dois meses atrás, o ritmo de advogados na casa é superior ao de parlamentares. “São muitas ações judiciais e ele coordena os trabalhos”, disse um aliado. Líderes partidários que sempre estiveram na linha de frente da defesa do deputado ainda telefonam ou fazem visitas esporádicas, mas longe da antiga rotina de conversas diárias com o deputado.

Há quem descreva o deputado como abatido, desanimado, com a perspectiva de perder o mandato e acabar na cadeia. O argumento chegou a ser usado para sensibilizar deputados a não abandonarem sua defesa no Parlamento.
Segundo relatos, o que mais desestabiliza o peemedebista são as demonstrações de desespero da mulher, Cláudia Cruz, e da filha Danielle Dytz, que estão na mira do juiz federal Sérgio Moro. Numa das ocasiões, o peemedebista ficou nervoso, chegou a chorar, segundo aliados, e foi visto numa ligação telefônica pedindo para que a mulher se acalmasse. “Quando se trata da família, ele perde o equilíbrio, o que é normal”, comentou um parlamentar. “O problema dele é mais a família”, resumiu outro deputado.

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