“Câncer faz bem”, a nova pérola do “psicológico” Temer

.Um sujeito que foi a vida inteira pomposo, metido a dizer obviedades sonoras e ocas como um sino, a afetar inteligência com mesóclises e latinismos, só pode cair no ridículo quando busca, para “ser popular” ( como disse ontem ser sua pretensão), parecer informal e brincalhão.
Ou “genial”, como quando disse que a crise econômica era, principalmente, “psicológica”.
Hoje foi a ver de soltar um inacreditável “mimo” ao governador do Rio, dizendo que o câncer – do qual  Luís Fernando Pezão ainda não está clinicamente livre – “acabou sendo uma coisa útil para o Pezão”.

Na inauguração da Linha 4 do Metrô – feita com recursos repassados pelo Governo Dilma, fato que nenhum deles teve a decência sequer de registrar, pelo que li – , Temer quis fazer brincadeira com um suposto “embelezamento” de Pezão, que perdeu todo o cabelo, mas  como não leva jeito para isso, terminou por soltar a pérola acima para complementar o ditado de que “há males que vêm para o bem”, devidamente empolado por ele para “existem coisas que parecem maléficas que vêm para o bem”.
Conseguiu, quem sabe, criar o “câncer benigno”. Será que não vê o potencial de ridículo que há em dizer que alguém “ficou melhor” com um câncer?
No fundo, é o tipo de atitude de pessoas blasé, que não têm uma carga de afetividade para com os outros e, por isso, são incapazes de se compadecer – no sentido literal da palavra, padecer junto – do sofrimento alheio.
Faz gracinhas para “ser popular”.
Aliás,  esteve hoje num lugar bom para testar a sua popularidade: o subsolo da Zona Sul carioca.

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