Zavascki dá prazo de cinco dias para Cunha apresentar defesa prévia

Jornal GGN - Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara dos Deputados, apresente sua defesa prévia na ação penal a que responde no Supremo. A decisão também diz que o interrogatório do parlamentar será feito ao fim da tramitação da ação penal.
Em março, seguindo o voto de Zavascki, a maioria dos ministros do Supremo entendeu que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina em contratos da Petrobras e decidiu pela abertura da ação penal. Em maio, o STF referendou liminar de Zavascki concordando que Cunha não tinha condições de ocupar a presidência da Câmara.

O relator do processo alega que Cunha atua com desvio de finalidade para promover interesses espúrios. O ministro citou casos envolvendo a CPI da Petrobras e também o processo que o deputado responde no Conselho de Ética da Câmara. Em junho, o Supremo negou recurso do peemedebista contra a abertura de ação penal. Os advogados de Cunha pediam que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República fosse integralmente rejeitada. 
Da Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki concedeu prazo de cinco dias para que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresente defesa prévia na ação penal a que ele responde no tribunal.
De acordo com a decisão, assinada na terça-feira (7), o interrogatório de Cunha será feito ao fim da tramitação da ação penal, que ainda não tem previsão ocorrer.
Em março, a maioria dos ministros da Corte, seguindo o voto de Teori Zavascki, entendeu que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras e determinou abertura de ação penal.
Em maio, o Supremo referendou liminar proferida pelo ministro e concordou que Cunha não tem condições de ocupar o cargo de presidente da Câmara. Segundo o relator, o parlamentar atua com desvio de finalidade para promover interesses espúrios.
Durante o julgamento, Zavascki citou casos envolvendo a CPI da Petrobras e o processo a que Cunha responde no Conselho de Ética da Câmara, nos quais o deputado é acusado de usar requerimentos apresentados por aliados para se beneficiar.
No dia 2 de junho, o Supremo negou recurso do presidente afastado contra abertura de ação penal na qual ele passou à condição de réu nas investigações da Operação Lava Jato.
No recurso, os advogados de Cunha afirmaram que há no texto final do julgamento “obscuridade, dúvida e contradição” e pediram que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) fosse integralmente rejeitada.

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