Vem mais por aí. A máquina de moer a política não vai parar
Dificilmente entraremos na próxima semana sem novas revelações estarrecedoras sobre os esquemas envolvendo as delações de Sérgio Machado.
Há muitas pontas que foram puxadas e o clima de animosidade entre Renan Calheiros e Rodrigo Janot é um convite para vazamentos e inconfidências.
O que não falta ao governo são conflitos intestinos a resolver, a começar da mega-bomba Eduardo Cunha.
40 anos de política e jornalismo me ensinaram que essa máquina, quando começa a moer gente graúda, não para.
Principalmente porque a denúncia de corrupção se tornou o primeiro e mais importante instrumento da disputa política.
A Folha, hoje, já levanta que “Temer pode aparecer também em delação da Odebrecht” e que a delação de Machado criou contradições no acordo de leniência da Camargo Correia.
O Globo, que a queda de Henrique Eduardo Alves não se deu pela delação de Machado, mas por outras que estão por surgir.
Não passam R$ 100 milhões pela cúpula de um partido político como o PMDB sem que todos eles fiquem sabendo, já que aquilo é quase uma federação de interesses e negócios.
A coisa mal começou.
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