Senado recorre ao STF contra busca e apreensão em apartamento de Gleisi Hoffman
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Lucas Pordeus Leon - 23/06/2016 - 23h59
A prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, que é marido da senadora Gleisi Hoffman, do PT, repercutiu entre os parlamentares da Comissão do Impeachment nessa quinta-feira (23). O Senador Lindberg Farias, do PT, disse acreditar que a operação foi utilizada politicamente para constranger a senadora Gleisi, que é uma das principais defensoras do mandato de Dilma Rousseff.
Lindberg ressaltou que a polícia não poderia entrar na casa da senadora Gleisi Hoffman sem autorização do Supremo Tribunal Federal, por ela ter foro privilegiado.
O Senado protocolou nessa quinta-feira no STF uma Reclamação Constitucional contra a busca e apreensão realizada no apartamento da senadora Gleisi Hoffman. A reclamação pede que seja impedida a produção de provas a partir dos documentos encontrados. Segundo a advocacia do Senado, foi ferido o foro privilegiado da senadora, mesmo que ela não tenha sido alvo da operação. O Senado pediu ainda ao Conselho Nacional de Justiça que abra um processo disciplinar contra o juiz que determinou a busca e apreensão.
Adversário do PT, o senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB na Casa, também criticou a busca e apreensão dizendo que o STF precisava ter sido consultado. Mas elogiou a operação da Polícia Federal e disse que ela ajudará no impeachment.
Nas redes sociais, a senadora Gleisi disse que esse foi um dia triste na sua vida, e argumentou que não existem os motivos previstos em lei para a prisão preventiva do seu marido. Ressaltou que não vê outra explicação para Operação que não o desvio de foco dos casos de corrupção envolvendo o governo interino.
Com a ausência de Gleisi, a comissão do impeachment ouviu nessa quinta-feira mais duas testemunhas de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff. Essa fase de testemunhas deve acabar na próxima quarta-feira. Ainda faltam os depoimentos de 12 pessoas convocadas pela defesa.
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