Professores da Unicamp decidem por greve e incluem “Fora, Temer” em publicações e manifestações


2016 JUNHO 01 FOTO GREVE
.
Via email
Os professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em estado de paralisação desde 30 de maio, decidiram nesta quarta-feira, 01, em assembleia geral realizada no auditório da ADunicamp (Associação de Docentes da Unicamp), entrar em greve por tempo indeterminado, com uma pauta ampla que não esteja focada apenas na questão salarial e que incluirá a palavra de ordem “Fora Temer” em todas as manifestações e publicações que forem realizadas durante o movimento.

Por ampla maioria, a assembleia decidiu que, diante da ameaça ao ensino público e aos retrocessos sociais apontados em medidas recentes do Governo Federal, a pauta da greve deve incluir temas de abrangência nacional, além das propostas indicadas pelo Fórum das Seis na atual campanha salarial das universidades públicas paulistas (leia abaixo).
De acordo com boletim divulgado pela ADunicamp, após a assembleia, dois novos temas deverão ser incorporados às mobilizações da greve: “1- A defesa da Universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, que vem sofrendo ataques das mais diversas ordens e com viés claramente privatista. 2 - A defesa dos direitos básicos consolidados na Constituição de 1988, hoje em franco processo de desmonte no bojo da crise institucional pela qual passa o país”.
A assembleia decidiu também cobrar um pronunciamento claro da Reitoria sobre os recentes ataques ao ensino público. “Que a Reitoria da Unicamp se posicione de maneira enérgica e inequívoca em defesa da Unicamp enquanto instituição comprometida com pesquisa e ensino de caráter público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado, sem concessões a quaisquer iniciativas privatistas”, diz o boletim da ADunicamp.
MOBILIZAÇÕES DENTRO E FORA DA UNIVERSIDADE
A assembleia decidiu também intensificar as mobilizações que têm ocorrido em diversas unidades da Unicamp e realizar manifestações e aulas abertas também fora da Universidade, com o objetivo de debater os temas da greve com outros segmentos da sociedade.
As negociações da campanha salarial em curso foram suspensas unilateralmente pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulista), na segunda-feira, o que levou o Fórum das Seis a propor o indicativo de greve e também as seguintes reivindicações, que foram acatadas por unanimidade na assembleia da Unicamp: “1 -
Reabertura das negociações suspensas unilateralmente pelo Cruesp. 2- Negociações de fato, com base na pauta apresentada há dois meses pelo F6”.

Comentários