Dilma admite plebiscito sobre novas eleições se voltar ao poder
Postado em 9 de junho de 2016 às 11:47 pm
DCM
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Do Uol:
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A presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou que, se for reempossada, haverá a necessidade de convocação de um plebiscito para que a população decida se quer ou não novas eleições presidenciais. “Será necessário consultar a população para remontar um ‘pacto’ que vinha desde a Constituição de 1988 e foi rompido com o processo de impeachment”, disse ao jornalista Luis Nassif, em entrevista veiculada na noite desta quinta-feira (9) pela TV Brasil.
Segundo Dilma, esta consulta deve ser feita com ela de volta ao poder, com o processo de impeachment sendo derrubado no Senado, e que somente a consulta popular “para lavar e enxaguar essa lambança, que está sendo o governo Temer”.
“Eu não acho possível fazer pacto nenhum com o governo Temer em exercício”, disse a presidente afastada. Segundo ela, a consulta popular é o único jeito de se fazer este pacto “dado o nível de contradição” presente hoje no Brasil e com um Congresso em que só pautas conservadoras serão aprovadas — de acordo com Dilma, com o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) “dando as cartas”. A presidente afastada não disse como e quando seria feita esta consulta popular.
O Senado deve julgar se Dilma volta à presidência em meados de agosto. Aliados do governo têm tentado convencer a senadores a votarem contra o impeachment com a promessa de que ela vai propor uma consulta popular.
Governo Temer – pauta de Cunha
Dilma declarou ainda que “o governo Temer é a síntese do que pensa e expressa claramente a pauta de Eduardo Cunha”. Ao ser questionada se era possível se aliar politicamente ao agora presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na época em que foi eleito para comandar a casa legislativa, no início de 2015, Dilma disse que “não existe negociação possível com certo tipo de prática”. De acordo com a presidente afastada, Cunha tem uma pauta própria, de orientação conservadora, que levaria para o campo político da direita os deputados e os partidos do chamado “Centrão”.
Para Dilma, o “Centrão” historicamente não tem pautas definidas, mas, no caso de Cunha, a tônica foi comandar a pauta do Congresso.
Como tem feito em outras ocasiões, Dilma voltou a defender o presidencialismo e rechaçar qualquer ideia de parlamentarismo. “Foi por meio do presidencialismo que o Brasil conseguiu uma maior modernidade e inclusão da sua população”, disse.
Ela criticou também a mudança na política externa do governo interino. “África terá cada vez mais importância; fechar embaixadas é ter visão minúscula de política externa”, declarou Dilma.
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