Quem avisa amigo é, por Edivaldo Dias de Oliveira

Por Edivaldo Dias de Oliveira
Quem avisa amigo é! 
Faço saber a todas as cidadãs e todos os cidadãos, do Brasil e do mundo.
A todos os governos, organizações multilaterais e organizações não governamentais.
A todas as empresas, nacionais e multinacionais bem como seus conselhos executivos e de acionistas.
Também a todos os fundos de investimentos nacionais e estrangeiros, o que segue:

Em função do golpe de que estamos sendo vítimas, não reconheceremos nenhuma aquisição de empresa pública brasileira ou parte dela, bem como qualquer tipo de concessão ou parceria com qualquer ente do governo espúrio e ilegítimo, por parte de quaisquer empresas nacionais ou estrangeiras e seus congêneres.
Considero de suma importância semelhante aviso, pois cada empresa adquirida sob a gestão dos golpistas serão imediatamente retomada, sem qualquer indenização e nem mesmo a devolução dos valores investidos, assim que voltarmos ao comando do nosso país.
Toda e qualquer transação financeira, realizada por bancos públicos brasileiros, notadamente com empresas e empresários do setor de comunicação durante esse interregno, será considerada sem valor, imputando às pessoas envolvidas em tais transações criminosas todas as penalidades possíveis. 
Negócios feitos nessas condições não merecem tal designação. Não é negócio de compra e venda ou concessão. É confisco, roubo, pilhagem. E como tal será tratado por nós e por nosso povo, quem se envolve em tratativas dessa magnitude com golpistas só podem ser taxados de salteadores, saqueadores e receptadores e é como tal que serão tratados.
Daí a importância de que cada governo, cada empresa, fundo de investimento, pensar seriamente e com serenidade, em cada centavo aplicado durante a permanência dessa quadrilha que se apossou do nosso governo.   
Somente um governo legitimado pelo sufrágio universal possui a autoridade necessária para transacionar o patrimônio de seu povo, quando tais transações estiverem amparadas em seu programa de governo.
Afirmo também, que todos os ministérios e secretarias, bem como diretorias de empresas públicas, estatais e autárquicas, destruídos pelos golpistas serão,  reconstruídos e seus antigos dirigentes reconduzidos, a priori, aos seus postos e pastas.
Quero destacar, com muita propriedade, o Pré Sal, que a nosso ver, vem despertando a inveja e a cobiça de muitas pessoas, dos mais variados gêneros, física, jurídicas e governamentais:
Se algum reparo mais profundo há para ser feito, é no sentido de destinar parte dos ganhos com essa nossa descoberta para as Forças Armadas, que em último caso, é responsável, a guardiã da nossa soberania e não nos parece razoável que as mesmas montem guarda enquanto nosso solo e mares são explorados por ganaciosos.
Nada mais justo, pois, que as FFAAs, não fique a mercê de governos de ocasião. É preciso garantir-lhes não apenas um percentual sobre a exploração do petróleo e gaz, como de outros minérios, patrimônio inalienável do nosso povo.
Esses percentuais devem ser suficientes para sua manutenção ou ficar muito próximo disso. Considero também de suma importância que as mesmas possuam poder de veto quando está em discussão a transferência de controle de qualquer bem, de qualquer natureza, que coloque em risco a soberania e a segurança nacional a ser definidas. 
Como já foi amplamente divulgado por todas as mídias, meu governo está sendo  vítima de um golpe cujos autores, não custa repetir, partem de setores do Poder Judiciário, Legislativo, midiático e uma forte suspeita pairando sobre organizações privadas internacionais, sob o olhar silente de seus governos, interessadas na pilhagem do nosso patrimônio.
Ao proceder a reformas profundas no programa de governo eleito em sufrágio universal, o Presidente golpista afronta de forma clara a constituição, que não prevê em nenhuma de suas páginas tal procedimento. Mais grave ainda, – como se pudesse haver algo mais grave – tripudia sobre a mais alta corte judicial do país e do Senado, como que sinalizando o apoio velado daquela ao golpe, ou forçando um fato consumado, para que Corte e Senado se sintam intimidadas e constrangidas a chancelar o esbulho.
Nosso governo, sufragado por mais de cinqüenta e quatro milhões de votos, foi vítima da mais abjeta perseguição por parte dos golpistas. Desde o nosso primeiro dia de gestão, foi uma guerra cotidiana, sem trégua e sem quartel, capitaneada pela impressa.
Tudo fizemos para buscar um meio de garantir a governabilidade, todas as concessões possíveis foram feitas por um pouco de paz. Mas nada disso lhes bastou, pois o que queriam na verdade era a nossa capitulação, mesmo que fosse a custa de um golpe institucional, como o que agora ocorre.
Portanto, não se atrevam a exigir de nós, compromisso com a governabilidade golpista, não nos peçam moderação para o bem da estabilidade e segurança jurídica, para que o golpe se consolide, com isso não compactuamos. Nosso compromisso é com a nossa pátria e com o nosso povo; não compactuamos com golpistas.  


Os golpistas não fazem a mínima idéia do tamanho da onça que cutucaram. E cutucaram não com vara curta, mas com gravetos.

Comentários