Injustiça a jato: Gilmar suspende investigação sobre Aécio em Furnas

Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, havia autorizado inquérito para investigar o senador tucano, Aécio Neves, do PSDB-MG, em suspeitas de corrupção na estatal Furnas. A autorização durou algumas horas e, cai por terra.
O ministro suspendeu nesta quinta-feira, dia 12, a coleta de provas na investigação aberta sobre Aécio, candidato derrotado nas eleições de 2014. O tema é uma série de citações sobre supostas irregularidades em Furnas. Gilmar interrompeu tudo e, na mesma decisão, enviou de volta o inquérito para Rodrigo Janot, procurador-geral da República, para que faça uma reavaliação.
A autorização foi feita na quarta, dia 11, em que ele disse que poderiam abrir inquérito sobre Aécio, atendendo a pedido do próprio Janot. Este pedido tem por origem as investigações da Lava Jato, e apura esta suposta prática de corrupção e lavagem de dinheiro a partir de desvios em Furnas, uma das maiores subsidiárias da Eletrobrás.

Em sua ordem de volta a Janot, Gilmar suspendeu a realização de diligências na investigação, levando em conta as informações fornecidas dando conta de que receberia propinas por intermédio de Dilmas Toledo, ex-diretor de Furnas, com dinheiro desviado em contratos com empresas terceirizadas.
A defesa alegou que a investigação já havia sido arquivada por Teori Zavascki, relator da Lava Jato, por se basear apenas em declarações de Alberto Youssef, o doleiro, que teria somente ouvido falar do envolvimento do senador em Furnas, mas sem conhecimento pessoal de fatos.
Ainda segundo a defesa, a abertura do inquérito só aconteceu em razão da delação do ex-senador Delcídio do Amaral, que relatou a mesma suspeita sobre o senador Aécio, candidato derrotado nas eleições de 2014 à presidência da República.
A defesa disse também que Delcídio afirmou não saber "quem são os operadores do esquema e como os repasses" eram feitos. Daí afirmaram que Delcídio teria relatado que, em viagem de avião, afirmou ao ex-presidente Lula, que Aécio Neves "pediu" por Toledo. A defesa alegou ainda, que mesmo que seja comprovado que Delcídio viajou com Lula, isso não demonstra o conteúdo da conversa entre ambos.

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