Evo Morales: devemos lutar contra golpes dos EUA com 'revolução democrática'

Presidente boliviano encoraja líderes de esquerda a prevenirem nova era de 'governos submissos'.

por Nadia Prupis, Common Dreams - Carta Maior - 25/05/2016

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Presidente boliviano Evo Morales alertou os governos de esquerda na América do Sul a combaterem os planos dos Estados Unidos de controlar a região com uma “revolução democrática”.
 
“Em alguns países deveria ser como um grito de alerta onde [os governos] deveriam iniciar conferências permanentes para relançar revoluções culturais e democráticas na região da América Latina e do Caribe”, disse Morales durante uma entrevista em Cuba na noite de segunda-feira para o programa Cubavisión, de acordo com a TeleSur.
 
“É o plano do império norte-americano que quer reconquistar o controle da América Latina e do Caribe, e especialmente na América do Sul, e há com certeza uma ambição em estabelecer uma presença norte-americana nesses países e recuperar os governos submissos como um modelo, um sistema”, ele continuou.
 
A entrevista acontece em meio a tumultos crescentes em vários países da Amércia Latina, incluindo a Venezuela, onde o presidente Nicolás Maduro acusou os EUA de planejar um golpe enquanto o país batalha com a frustração sobre a escassez de alimentos e com apagões devido à diminuição dos preços do petróleo.

 
A instabilidade continua a crescer no Brasil seguida da suspensão da presidente Dilma Rousseff e a entrada de uma administração interina neoliberal encabeçada pelo favorito de Wall Street, Michel Temer, que apresentou sua agenda na quarta-feira. O maior jornal do país na segunda-feira publicou evidências de “pacto nacional” entre representantes da direita, executivos do petróleo e o exército para depor Rousseff como parte de uma grande conspiração para descarrilhar uma investgação de corrupção.
 
Morales alertou na segunda-feira que os partidos de oposição e apoiados pelos EUA no Brasil e na Venezuela querem reverter programas sociais implementados nos anos dos governos de esquerda.
 
“Quando a direita retornar ao poder eles irão remover os benefícios socialistas e diminuir o estado, o que irá gerar uma reação”, ele disse.



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