El Salvador afirma não reconhecer governo de Temer e convoca embaixadora

REPERCUSSÃO DO GOLPE
Salvador Sánchez Cerén acusa processo de manipulação política e classifica como golpe o afastamento de Dilma Rousseff; Maduro também convocou embaixador
por Redação RBA publicado 14/05/2016 17:48, última modificação 14/05/2016 18:04
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Céren: afastamento da mandatária brasileira confirma as considerações de que se trata de golpe de Estado
São Paulo – O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, afirmou neste sábado (14) que o país não reconhecerá o governo de Michel Temer e que chamará a embaixadora no Brasil de volta ao país.
"Tomamos uma decisão de não reconhecer esse governo provisório, porque há uma manipulação política, e vamos mandar chamar nossa embaixadora para que volte ao país", disse Sánchez Cerén em discurso neste sábado.
Segundo a agência de notícias AFP, a embaixadora Diana Marcela Vanegas recebeu instruções de não participar de qualquer ato oficial do governo Temer.

Céren afirmou que o ocorrido com Dilma “é um fato que, antes na América Latina, há muitos anos, eram golpes dados pelas forças militares, eram golpes militares. Agora, foi uma destituição pelo Parlamento, pelo Senado”.
Em nota, o governo salvadorenho declarou que o afastamento da mandatária brasileira “confirma as considerações feitas no Brasil, assim como em  nível internacional, no sentido de que assistimos, infelizmente, à configuração de um golpe de Estado”.

Maduro nega retaliação

A Venezuela negou que tenha adotado qualquer medida contra o novo governo brasileiro, por ter chamado ao país embaixador  Alberto Castellar. Segundo o Itamaraty, o governo venezuelano explicou que Castellar deixou Brasília para participar de um compromisso, agendado há algum tempo. A explicação foi dada ao embaixador brasileiro na capital venezuelana.
Ontem (13) o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, anunciou a convocação do embaixador após a aprovação pelo Senado brasileiro da abertura do processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff por até 180 dias.
“Pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que venha para Caracas”, disse Maduro, que considera que houve “um golpe de Estado” no Brasil, em declarações transmitidas por emissoras de rádio e de televisão.
Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores rebateu em nota oficial as críticas feitas pelos governos da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua quanto à legalidade do processo deimpeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff.
Com informações do Opera Mundi e Agência Brasil.

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