E se o “vale-tudo” valesse para Temer? O que os fez pagar um extorsionista?

Hacker
Do Estadão, agora à noite:
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia de São Paulo, prendeu, nesta quarta-feira, 11, Silvonei José de Jesus Souza, o hacker acusado de extorquir Marcela Temer, mulher do vice-presidente da República. O bandido exigiu R$ 15 mil depois de ter invadido os arquivos de seu telefone celular. 
Um inquérito sobre o crime foi aberto há cerca de um mês depois que o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, foi informado sobre a ação dos criminosos. Moraes determinou que policiais de sua confiança assumissem a apuração do crime. O delegado Rodolpho Chiarelli assumiu as investigações e decretou sigilo nos autos. Os criminosos exigiam o dinheiro para devolver os dados do aparelho a Marcela. Um primeiro pagamento foi feito mas, em vez de cumprir o acordo, o bandido passou a exigir mais dinheiro.

Não se tem de exigir saber o que continham os arquivos hackeados. É intimidade e deve ser preservada. Criminoso seria se “vazasse”, como há dois anos têm vazado quando se  trata de  desafetos das autoridades policiais ou da mídia.
Claro que, para que se pagasse R$ 15 mil a um extorsionista, não eram votos de feliz natal que foram hackeados. E está claro, que não foi Marcela – a “bela, recatada e do lar”, segundo a Veja – quem pagou, por não ter renda para isso. Quem pagou e como pagou?
É o que importa, não mais.
Porque não importa se era um “nude”, uma mensagem íntima, um contrato financeiro, não importa. É ilegal.
Espionar pessoas, o que passou a ser “bonito” quando se tratava de gente do PT ou do Governo, é e continua sendo crime.
Divulgar o que se espionou, salvo quando guarda ligação com uma investigação pública e regular (e, ainda assim, quando autorizado judicialmente) é crime.
É crime contra Marcela Temer.
Deveria ser crime contra Lula, mas não foi, porque Moro mandou para a imprensa conversas que nada tinham a ver com o objeto (seja lá qual fosse) de investigações.
A única coisa que interessa ao público, nisso, é se o ignorado Alexandre de Moraes, ex-advogado de Eduardo Cunha e secretário de Alckmin vai ser Ministro da Justiça por isso.

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