Com pedido de inclusão no inquérito principal da Lava Jato, Lula reage atirando: “PGR indica apenas suposições sem qualquer prova; uma antecipação de juízo, ofensiva e inaceitável”

03 de maio de 2016 às 20h51 - no VIOMUNDO


Janot e Lula-001
Nota sobre a antecipação de juízo da PGR sobre Lula
03/05/2016 20:04
A peça apresentada pelo Procurador-Geral da República indica apenas suposições e hipóteses sem qualquer valor de prova. Trata-se de uma antecipação de juízo, ofensiva e inaceitável.
O ex-presidente Lula não participou nem direta nem indiretamente de qualquer dos fatos investigados na Operação Lava Jato.
Nos últimos anos, Lula é alvo de verdadeira devassa. Suas atividades, palestras, viagens, contas bancarias, absolutamente tudo foi investigado, e nada foi encontrado de ilegal ou irregular.
Lula sempre colaborou com as autoridades no esclarecimento da verdade, inclusive prestando esclarecimentos à Procuradoria-Geral da República.
O ex-presidente Lula não deve e não teme investigações.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
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Wagner e Berzoini: Chumbo grosso contra o entorno de Lula e Dilma
Janot pede para incluir Lula e cúpula do PT e do PMDB no principal inquérito da Lava-Jato
BRASÍLIA – Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para incluir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como investigado no principal inquérito da Lava-Jato.
Também serão alvo do mesmo inquérito outras 29 pessoas – entre elas, os ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff: Jaques Wagner (chefe de gabinete da Presidência da República), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social).
O assessor especial da Presidência da República, Giles Azevedo, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também estão na lista.
O principal inquérito da Lava-Jato já contava com 39 investigados – entre eles, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Agora, serão 69 investigados.
A principal suspeita é de que as pessoas formavam uma quadrilha para desviar recursos da Petrobras. Há também suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
“Pelo panorama dos elementos probatórios colhidos até aqui e descritos ao longo dessa manifestação, essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse”, afirmou o procurador-geral.
No pedido de Janot também estão, entre os novos investigados, os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Delcídio Amaral (sem partido-PT), o ex-ministro Antonio Palocci, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.
No pedido de investigação, Janot escreveu: “Embora as investigações da Operação Lava-Jato tenham avançado bastante, ainda há necessidade de se esclarecer os papéis desempenhados por alguns integrantes dessa organização e se há outros envolvidos, bem como corroborar alguns fatos e informações trazidas no bojo dos acordos firmados. Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, autorizar ou não a inclusão dos novos investigados no inquérito”.
Lula já era investigado em outro inquérito no STF aberto com base na Operação Lava-Jato. Na outra investigação, ele é suspeito de participar da trama para tentar impedir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Ainda nesta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu investigar a presidente Dilma Rousseff para verificar se houve crime na tentativa de nomear Lula para a Casa Civil e na indicação do ministro Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Janot também solicitou a investigação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, por tentar evitar que o senador Delcídio Amaral fechasse acordo de delação premiada.
Na segunda-feira, a PGR solicitou abertura de inquérito contra seis peemedebistas — incluindo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) —, contra o tucano Aécio Neves (MG), e contra os petistas Marco Maia (RS) e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.

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