Cardozo denuncia que golpe na Câmara foi baseado em “ato fantasma”, mas recurso ao STF terá como base afastamento de Cunha

06 de maio de 2016 às 00h02

Da Redação do VIOMUNDO
O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, destroçou os argumentos pró-impeachment com uma pergunta simples: cadê o ato pelo qual Dilma Rousseff deveria ser afastada?
É um “ato fantasma”. O Viomundo editou os 4 minutos e 39 segundos para facilitar a vida dos internautas.

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Cardozo diz que vai ao STF tentar anular processo de impeachment contra Dilma
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, informou hoje (5) que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir a anulação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff sob o argumento de desvio de finalidade das ações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Hoje, o ministro do STF, Teori Zavascki, concedeu liminar afastando Cunha do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Casa.
“Já estamos pedindo a anulação do processo, vamos pedir novamente. A decisão do STF é uma prova muito importante no sentido de que ele usava o cargo para finalidades estranhas ao interesse público, como aconteceu no caso do impeachment”, disse o ministro da AGU.
Desde a fase do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, Cardozo acusou Cunha de agir por vingança pelo fato de o governo não ter atuado para tentar barrar o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Casa. “Cunha ameaçou a presidenta da República [dizendo] que abriria o processo do impeachment se o PT não desse os votos para salvá-lo no Conselho de Ética. O que o Supremo decide hoje é exatamente a demonstração do seu modus operandi”, observou.
No parecer apresentado ontem (4) na Comissão Especial do Impeachment no Senado, o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) rejeitou a tese de que Cunha tenha cometido qualquer desvio de finalidade.
Edição: Kleber Sampaio

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