O teatro hipócrita de Marina Silva

marinatenta
Marina Silva divulgou nota  hoje, de novo,  para dizer que apóia o impeachment, mas quer mesmo a cassação de Temer, também.
Que bonitinho…
O processo de julgamento das contas nem começou. E Nélson Jobim, possível Ministro da Justiça e certamente homem de Temer já avisou: eleição leva cinco meses para preparar.
Portanto, basta durar três meses o processo no TSE e mais o inevitável recurso no STF ( três meses? nem a pau, Juvenal!) que não tem eleição em 2016 assim.
E se não tem, mesmo que cassem Temer, é eleição indireta pela Câmara do Cunha…
É esta a mais perfeita tradução de seu “Nem Dilma, Nem Temer”.

Porque, só haveria eleição direta se Temer renunciasse, o que é evidente não estar nos planos de alguém que acaba de dar o maior dos passos em direção ao seu objetivo de chegar à Presidência sem votos.
Marina sai menor desta crise, mesmo que as pesquisas de intenção de voto não demonstrem ainda isso.
É a candidata da negação da política e, ao mesmo tempo, da repetição das piores práticas da política: a matreirice, o cinismo e a dissimulação.
A turma bem intencionada que lhe deu votos de esperança fez seu papel e foi de peito aberto para a rua lutar pela legalidade.
Ela, ao contrário, oculta-se na sombra de uma inviável ultrademocracia para, na prática apostar em que seja a única forma política que não se possa chamar de golpista ou legalista.
A coruja no muro de Brasília já ilustrou o post anterior.
E acho que o bichinho nem merecia essa comparação.

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