O que eles podem. E o que nós podemos? O não rotundo… Por Jari da Rocha

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Pode-se comer um sanduíche com a mão esquerda e operar a máquina com a mão direita, diz na TV o empresário do “custo Brasil”.
Pode-se, como fez o ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio e agora pretendente a ser o de Temer,que o salário mínimo “está alto demais”.
Pode-se investir milhões numa campanha pró-impeachment para obter lucro depois.
Pode-se abraçar o diabo para tentar chegar ao céu. O céu é o limite.

Pode-se voltar no tempo: das jornadas de 14 ou 16 horas, da escravidão, das cruzadas e até mesmo no tempo da pedra lascada.
Pode-se ‘flexibilizar’ o sanduíche da mão esquerda e endurecer a mão direita pesada do patrão.
Pode-se rasgar a Consolidação das Leis Trabalhistas, a Constituição brasileira e até mesmo a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Pode-se usar a desculpa de ensinar a pescar enquanto pessoas morrem de fome.
Pode-se demonstrar cinismo, desfaçatez e falta de caráter ao trapacear, alterando leis na calada da noite.
Pode-se mentir para milhões de telespectadores;
Pode-se ocultar a verdade de milhões de leitores.
Pode-se exigir um estado mínimo para o povo e o máximo do estado para si.
Pode-se apoiar bandidos para combater defensores dos direitos do povo.
Pode-se perguntar “quem vai pagar o pato?” quando não se paga sequer os direitos  autorais do pato.
Pode-se plagiar, roubar, sonegar e corromper.
Pode-se tentar um golpe.
E até podem chegar ao poder sem voto.
Mas isso é o que eles podem.
E nós, o que podemos?
Podemos, mais uma vez e sempre, dizer NÃO ao que atravancam sempre e agora querem interditar nossos caminhos.
Um não rotundo aos que não são amigos do povo.
Eles podem muito. Nós podemos mais.
À Luta!

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