Cunha nega pedido de Cardozo para que defesa se manifeste domingo
GOLPE
por Agência Brasil publicado 15/04/2016 15:47, última modificação 15/04/2016 15:49
PMDB NACIONAL
Brasília – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou hoje (15) pedido do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, feito pela manhã, para que a defesa da presidenta Dilma Rousseff volte a se manifestar no domingo (17), após a leitura do parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO). O argumento do ministro Cardozo, agora, é que o Supremo decidiu que é o parecer da Comissão do Impeachment que materializa a denúncia, então, a defesa teria que falar depois do relator, na sessão de domingo, marcada para as 14h.
Defesa e acusação tiveram 25 minutos para se pronunciar na manhã de hoje, quando os trabalhos para apreciação e votação do pedido de impeachment contra o mandato de Dilma Rousseff foram iniciados. Cardozo usou todo o tempo e Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment, discursou por 14 minutos.
Eduardo Cunha também anunciou que vai negar um outro pedido de Cardozo. O ministro afirmou, no discurso desta manhã, que o presidente da Casa tem que pedir aos parlamentares que evitem, nos discursos, orientações de bancada e outras manifestações sejam incluídas acusações que não fazem parte do objeto da denúncia.
O pedido de impeachment em análise na Casa está limitado a seis decretos de crédito suplementar que foram expedidos sem consulta ao Congresso Nacional e o atraso em pagamentos para bancos públicos, chamado "pedaladas fiscais".
"Não posso cercear a palavra de quem quer que seja, ninguém vai cercear ninguém, não há essa possibilidade. No momento preciso, vamos votar o parecer, não há dúvida nenhuma quanto a isso", completou Cunha, que deixou o plenário.
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