Cid Gomes não terá de indenizar Eduardo Cunha por chamá-lo de achacador

Acusações feitas em ambiente político não devem ser tratadas da mesma maneira que as feitas em âmbito privado, devido aos reflexos sociais daqueles que exercem função pública. Assim, quem possui cargo eletivo está passível a críticas mais duras, sem que isso gere dano moral.
Esse foi o entendimento firmado nesta quarta-feira (20/4) pela 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal ao reformar sentença da 23ª Vara Cível de Brasília e isentar o ex-ministro da Educação Cid Gomes (PDT-CE) de indenizar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Eduardo Cunha dizia que acusações mancharam sua honra e reputação.
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Em fevereiro de 2015, Gomes disse a estudantes da Universidade Federal do Pará que na Câmara dos Deputados havia um grupo de parlamentares que não se preocupava com o impacto de suas ações na sociedade brasileira, avaliando que, “quanto pior, melhor para eles”. 
Por causa disso, a Câmara convocou-o para esclarecer quem eram tais deputados. No dia 18 de março de 2015, Cunha declarou que Cid Gomes era mal-educado. O ex-governador do Ceará respondeu: “Pois muito bem, eu prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que, como ele, ser acusado de achaque, que é o que diz a manchete da Folha de S.Paulo”, fazendo referência à delação do doleiro Alberto Youssef, que contou que o peemedebista pressionava uma empresa a pagar propina.

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