Acuados, golpistas cogitam adiar votação

16 de abril de 2016 - 13h50 

Diante da percepção de que não haveria votos suficientes a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a oposição já estaria manobrando para adiar a votação, marcada para este domingo (17). A informação está no Valor Econômico. Desesperado com o cenário que se delineia favorável ao governo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estaria planejando desacelerar o ritmo das sessões. 


  
"Chegou a um gabinete governista na manhã deste sábado a informação de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), face às notícias de que o Palácio do Planalto teria conseguido virar votos contra o impeachment, desaceleraria o ritmo das sessões de maneira a que a votação não venha a ocorrer no domingo", diz matéria do Valor.

Em discurso na Câmara, o deputado federal Eduardo Braga (PSOL-RJ) chamou a atenção para a manobra na Câmara, criticou as constantes artimanhas de Cunha e pediu para que os parlamentares estejam atentos.

"Isso a gente já viu. Quando não é interesse do Cunha, ele revoga, paralisa, adia a votação. É preciso estar atento e que esse tipo de manobra regimental não seja mais uma vez utilizada. É anti-regimental", disse Braga, que condenou o que chamou de "o acordão de Michel Temer, que faz de Eduardo Cunha vice-presidente da República".

Segundo o Valor, Cunha reafirmou que a votação ocorrerá no horário previsto, 14h, no domingo, embora o horário previsto para os partidos discursarem sobre o pedido de impeachment esteja atrasado.


 Do Portal Vermelho, com Valor Econômico

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