45 dias na gaveta, Carbono-14 foi “resposta” de Moro à decisão do Supremo
Os mandados usados ontem, na Operação Carbono-14 da Lava Jato estavam dormindo assinados nas gavetas da Polícia Federal desde o dia 15 de fevereiro e “renovados” sete dias depois, a 22, revela hoje Marcelo Auler em seu blog.
Ou seja: estão há 46 dias esperando “a hora” para serem usados. Ou 39, na conta que Auler, sempre cauteloso, prefere fazer.
Por que guardar ordens para ações urgentes – busca e apreensão e condução coercitiva – que supõe o risco de, não sendo feitas de imediato, permitirem a destruição de provas?
A resposta é evidente.
A ação de ontem foi uma “resposta” à decisão do Supremo Tribunal Federal de avocar a si o exame das investigações que Sérgio Moro faz em busca de um crime para Lula.
A “vingança” de Moro nem mais é um prato a ser comido frio. O prato é preparado e friamente guardado para o momento de ser usado.
É tudo expresso e explícito.
Não há mais independência alguma: ele deixou de ser juiz para tornar-se chefe do Ministério Público e da Polícia Federal.
Não duvide que tenha sido ele próprio a determinar o desencadeamento da ação, como quem escolhe a hora de soltar os cães.
Os mandados são prova, porém. E muitas explicações terão de ser dadas, porque será inevitável que se pergunte a razão de terem ficado guardados.
Leia tudo no Blog do Marcelo Auler, repórter essencial nesta hora em que a Justiça desce a esta vergonha conspiratória.
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